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Dólar sobe 1% e se aproxima de R$3,25, com exterior e Previdência

5 fev 2018 - 17h14
(atualizado em 27/4/2018 às 11h12)
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Notas de reais e dólares em uma casa de câmbio no Rio de Janeiro 10/09/2015  REUTERS/Ricardo Moraes
Notas de reais e dólares em uma casa de câmbio no Rio de Janeiro 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

O dólar fechou com alta de 1 por cento nesta segunda-feira e perto do patamar de 3,25 reais, em meio à fuga do risco no exterior com os temores de que os juros nos Estados Unidos podem subir mais rápido e, assim, influenciar o fluxo de capital global.

Os investidores também ficaram cautelosos com o andamento da votação da reforma da Previdência diante da falta de apoio político do governo para tirar a matéria do papel, considerada essencial para colocar as contas públicas do país em ordem.

O dólar avançou 1,01 por cento, a 3,2470 reais na venda, depois de ir à máxima de 3,2520 reais na sessão e acumular ganhos de 2,46 por cento em dois pregões.

O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,90 por cento no final da tarde.

"O mercado interno respeitou a realização lá fora", afirmou o gestor de uma corretora local.

O dólar subia ante uma cesta de moedas enquanto o mercado de títulos se estabilizou após o rendimento do Treasury de 10 anos ter atingido o pico de quatro anos com as preocupações de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, poderia aumentar as taxas de juros mais rapidamente para combater a inflação.

Juros mais altos nos Estados Unidos podem atrair à maior economia do mundo recursos aplicados hoje em outras praças, como a brasileira.

"O mercado se posicionou na sexta-feira ao cenário de juros nos Estados Unidos e hoje segue nesse posicionamento, também voltado às questões internas, à reforma da Previdência", afirmou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva, acrescentando que, caso da reforma não seja aprovada, o dólar ainda deve subir mais um pouco sobre o real.

O governo continuava no esforço para tentar unir os 308 votos mínimos necessários para aprovar a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados após o Carnaval. Recentemente, o presidente Michel Temer negou que tivesse jogado a toalha sobre a votação da reforma, mas destacou que o país não podia ficar no tema o ano inteiro.

Nesta manhã, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que não pretendia retirar a reforma da Previdência da pauta antes de 20 de fevereiro, para quando está prevista a votação da matéria pelos deputados, mas deixou em aberto a possibilidade após essa data.

O Banco Central brasileiro não anunciou intervenção no mercado de câmbio para esta sessão. Vencem em março 6,154 bilhões de dólares em swap cambial tradicional, equivalente à venda de dólares no mercado futuro, e caso a autoridade queria rolá-los, terá de fazer leilões neste mês.

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