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Dólar sobe 0,15% ante real de olho no noticiário e exterior; fecha semana praticamente estável

11 jan 2019 - 17h51
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O dólar terminou a sexta-feira com pequena alta ante o real, após uma sessão de muito vaivém, sem se afastar no nível de 3,70 reais, com os investidores monitorando de perto o mercado externo e o noticiário à espera de novidades para renovar suas posições.

10/09/ 2015 foto ilustração REUTERS/Ricardo Moraes
10/09/ 2015 foto ilustração REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

O dólar Na mínima da sessão, a moeda foi a 3,6916 reais e, na máxima, a 3,7310 reais. O dólar futuro operava em queda de 0,01 por cento.

"Nós definitivamente precisamos de mais combustível para a continuação da tendência positiva -- o dólar mais fraco", avaliou o diretor de tesouraria de um banco estrangeiro ao acrescentar que "o intervalo entre 3,68 reais e 3,70 reais é importante, em termos de suporte, e o mercado está respeitando isso".

Pela manhã, a moeda abriu em queda, também em sintonia com o exterior, repercutindo a fala "dovish" do chairman do Federal Reserve, banco central dos EUA, Jerome Powell, na véspera.

Na ocasião, ele mais uma vez indicou que o Fed terá paciência em relação à política monetária ao dizer que não existe uma trajetória predefinida o aumento dos juros.

Segundo ele, a perspectiva de duas altas de juros indicada no encontro de política monetária de dezembro estava condicionada a uma perspectiva muito forte para 2019. Powell ponderou, no entanto, que "essa perspectiva ainda pode acontecer", embora o Fed não tenha um caminho preestabelecido para as taxas.

"O aumento gradual de juros nos Estados Unidos pode ser interrompido a qualquer momento", destacou o diretor da assessoria de câmbio FB Capital, Fernando Bergallo, ao destacar o efeito positivo da comunicação recente do banco central norte-americano.

As expectativas positivas com as negociações entre EUA e China também ampararam um sentimento melhor nesta sessão, embora a expectativa por algum anúncio de fato contivesse qualquer movimento mais ousado.

Autoridades norte-americanas esperam que o principal negociador comercial da China visite Washington neste mês, sinalizando que discussões de alto nível devem acontecer após as conversas desta semana entre autoridades de nível intermediário em Pequim.

O dólar lá fora também oscilou entre altas e baixas e, no fechamento do mercado local, subia ante a cesta e estava misto ante as divisas de emergentes, com valorização ante a lira turca e queda ante o peso chileno.

Internamente, os investidores continuavam digerindo o noticiário a conta-gotas sobre as negociações do governo para suas propostas de ajuste fiscal.

"Estamos tendo uma precificação positiva do provável ajuste fiscal", destacou Bergallo, para quem as notícias de uma possível proposta de reforma da Previdência mais dura tem agradado.

"Mas o dólar pode ir até 3,60 reais, no máximo, até fevereiro. Além, só quando a matéria (reforma) estiver pautada no Congresso", avaliou.

Em parte do pregão, um fluxo de saída também foi citado pelos profissionais das mesas para justificar alguma pressão de alta na moeda norte-americana, a exemplo do que foi visto na véspera.

O BC vendeu nesta sessão 13,4 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 5,360 bilhões de dólares do total de 13,398 bilhões de dólares que vencem em fevereiro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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