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Dólar se mantém perto de R$5,60 em novo dia de força da moeda pelo mundo

24 nov 2021 - 17h48
(atualizado às 17h51)
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Por José de Castro

Notas de cem dólares
02/08/2011
REUTERS/Yuriko Nakao
Notas de cem dólares 02/08/2011 REUTERS/Yuriko Nakao
Foto: Reuters

SÃO PAULO (Reuters) -O dólar à vista fechou em leve queda nesta quarta-feira, mas longe das mínimas do dia, enquanto no mercado futuro a moeda chegou ao fim da tarde em alta, com o mercado de maneira geral refletindo um tom mais conservador em meio a um novo dia de rali global da divisa norte-americana com as atenções voltadas para os juros nos Estados Unidos.

Vários formuladores de política monetária do banco central norte-americano disseram que estariam abertos a acelerar a conclusão de seu programa de compra de títulos se a inflação alta se mantivesse e também a agir mais rapidamente para aumentar as taxas de juros, mostrou a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed).

"'Several' (vários) costuma ser um número grande, às vezes maioria no Comitê. Acho uma sinalização bem forte da direção que o Fed está indo", comentou Dan Kawa, diretor de investimentos e sócio da TAG Investimentos, ao comentar a expressão usada na ata.

Redução antecipada dos estímulos indicaria maior chance de a rentabilidade dos títulos emitidos pelos EUA aumentar, atraindo, assim, recursos que poderiam estar direcionados antes a ativos de mercados emergentes, como o Brasil.

Não por acaso, o dólar tinha mais um dia de rali pelo mundo, com a moeda em alta de 0,3% ante uma cesta de rivais, depois de renovar picos em 16 meses.

Aqui, a cotação negociada no mercado futuro da B3 subia 0,37%, a 5,5965 reais, às 17h32 (de Brasília). Já o dólar interbancário caiu 0,25%, a 5,5942 reais na venda, após variar de 5,555 reais (-0,95%) a 5,6243 reais (+0,28%).

O aparente descasamento ocorre porque, na véspera, o dólar futuro acabou fechando em queda de 0,28%, acelerando as perdas após as 17h, quando fecha o mercado à vista, no qual o dólar terminou a terça-feira em alta de 0,26%.

A quinta-feira poderá ver a liquidez cair no mercado devido à ausência de negociações nos EUA, que celebram o Dia de Ação de Graças. Mas no Brasil o dia trará catalisadores como o IPCA-15 de novembro e contínuas discussões sobre a PEC dos Precatórios.

A votação da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado deve ocorrer no dia 30 deste mês, data definida após pedido de vistas para dar mais tempo de discussão do parecer apresentado nesta terça-feira pelo líder do governo Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

(Edição de Isabel Versiani)

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