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Dólar salta e cola nos R$ 3,25 antes de julgamento de Lula

23 jan 2018 - 17h17
(atualizado em 27/4/2018 às 11h13)
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A cautela antes do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em segunda instância, que pode afetar a corrida eleitoral deste ano, fez o dólar fechar em alta e se aproximar do patamar de R$ 3,25 nesta terça-feira.

O dólar avançou 0,90%, a R$ 3,2381 na venda, maior alta desde 12 de dezembro, quando subiu 0,93%. Na máxima do dia, a moeda norte-americana foi a R$ 3,2451.

O dólar futuro tinha alta de cerca de 1% no final do dia.

"O evento de amanhã pode ser um catalisador para algum desempenho melhor ou pior (do que o exterior), mas achamos que a diferença, em caso de um desfecho positivo não será dramática, e teremos tempo de voltar ao risco", disse o diretor de Tesouraria de um grande banco em nota.

O mercado aguardava o resultado do julgamento, na quarta-feira, em segunda instância de Lula em ação do tríplex no Guarujá, pela qual recebeu pena de nove anos e meio de prisão. Se negado seu recurso, o ex-presidente --considerado pelo mercado como menos comprometido com ajuste fiscal-- pode ficar fora da corrida eleitoral.

Até a decisão final, no entanto, a defesa de Lula tem vários recursos para adiar o processo e tentar evitar que, no dia dos registros das candidaturas, em 15 de agosto, ele possa ser considerado inelegível.

"Caso ocorra a absolvição, e este é um cenário possível, deveremos ter movimentos muito fortes (no mercado de câmbio) contra as tendências", trouxe a Wagner investimentos, em relatório, ao citar o cenário considerado menos provável pelo mercado.

Especialistas ouvidos pela Reuters entendem que os mercados financeiros já precificaram uma derrota de Lula agora, e o suficiente para o tornar inelegível agora.

Haverá ajustes nos preços dos ativos caso a decisão da segunda instância defina algo que permita ao ex-presidente leque maior de recursos jurídicos ou mesmo o absolva, mas o cenário externo mais benigno ajudaria a absorver eventuais solavancos.

No exterior, o dólar também subia frente ao algumas divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

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