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Dólar recua ante rivais com perspectiva de pausa no aperto do Fed

7 jan 2019 - 19h41
(atualizado às 20h11)
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O dólar recuou em relação a outras moedas fortes nesta segunda-feira, 7, ainda na esteira dos comentários na última semana do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, na linha com aqueles feitos hoje também pelo dirigente da distrital de Atlanta da instituição, Raphael Bostic. Além disso, um indicador mais fraco do que o previsto pressionou a moeda.

No fim da tarde em Nova York, o euro avançava a US$ 1,1477 e a libra tinha alta a US$ 1,2771. O dólar em relação ao iene, por outro lado, subia a 108,74, mas o índice DXY, que mede a moeda dos Estados Unidos contra uma cesta de outras fortes, perdeu o suporte dos 96 pontos e caiu a 95,666 pontos, em queda de 0,53%, pela primeira vez desde 19 de outubro de 2018.

O dólar estendeu o movimento de sexta-feira neste pregão, enquanto investidores ainda repercutem a avaliação de que não há pressão inflacionária nos números do relatório de empregos nos EUA (payroll), divulgado no final da última semana, na opinião de Powell.

Hoje, Bostic fez comentários em linha com o presidente da instituição e afirmou que vê apenas uma alta de juros no país em 2019, enquanto o gráfico de pontos divulgado na última reunião de política monetária do Fed, em dezembro, mostrava uma mediana que apontava duas elevações neste ano.

"Estamos nos perguntando se 2019 será um ano em que mais de 500 pontos de movimentação intraday no Dow Jones e 100 passeios de montanha russa nas moedas se tornarão a norma", expôs a diretora de estratégia de câmbio da BK Asset Management, Kathy Lien. Embora os movimentos no mercado de câmbio não pareçam significativos, em uma base intradiária as oscilações "têm sido selvagens", acrescenta a analista.

Para ela, o Fed tem reforçado a perspectiva de menos aumentos nos juros em 2019 ao apontar que os fortes dados salariais não terão impacto sobre a inflação, como fez Powell na sexta. "Os mercados estão enviando sinais negativos de risco e o Fed levará em conta as preocupações dos investidores."

Além disso, o índice de atividade do setor de serviços nos EUA elaborado pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) mostrou queda mais acentuada do que o previsto por analistas, colaborando para que o índice DXY a renovasse sucessivas mínimas durante a tarde.

Estadão
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