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Dólar recua ante real com foco em intervenção do BC

14 fev 2020 - 09h13
(atualizado às 10h19)
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Depois de renovar máximas recordes várias vezes no decorrer da semana, o dólar era negociado em queda contra o real nesta sexta-feira, com os investidores reagindo a mais uma intervenção do Banco Central no mercado de câmbio.

10/09/2015
REUTERS/Ricardo Moraes
10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

O BC anunciou na quinta-feira mais um leilão de até 20 mil contratos de swap cambial tradicional para esta sexta-feira, no equivalente a 1 bilhão de dólares, em oferta líquida desses ativos. Foram vendidos todos os contratos ofertados, entre diferentes vencimentos.

A autarquia realizou na véspera a mesma operação, mas sem aviso prévio, num momento em que o dólar batia novos recordes históricos nominais acima de 4,38 reais e depois de semanas de firme depreciação do real, que se desvalorizou fortemente este ano ante o dólar, com o pior desempenho entre 33 pares da moeda norte-americana.

"Um dia após o ministro da Economia, Paulo Guedes, dizer que 'um dólar mais alto é bom para todo mundo', o Banco Central do Brasil atuou para abaixar a cotação do dólar", disse em nota a XP Investimentos. "A expectativa é que a intervenção, pelo segundo dia consecutivo, ajude a aliviar o câmbio."

Na quinta feira, o dólar chegou a tocar a máxima histórica intradia de 4,3840 no início da sessão na esteira de comentários de Guedes que definiam os atuais patamares do câmbio como o novo normal.

Às 10:18, o dólar recuava 0,13%, a 4,3301 reais na venda, enquanto o principal contrato de dólar futuro tinha queda de 0,52%, a 4,330 reais.

No exterior, a divisa dos EUA tinha desempenho misto ante pares arriscados, recuando contra rand sul-africano e peso mexicano e subindo contra lira turca e dólar australiano.

Sobre o sentimento nos mercados globais, a Correparti Corretora disse em nota que, "apesar da revisão para cima do número de casos de coronavírus (na China), em função da mudança de metodologia de contabilização da doença na província de Hubei, os investidores aguardam com otimismo a redução de tarifas da China sobre produtos norte-americanos."

O corte de impostos é resultado da Fase 1 do acordo comercial alcançado entre Estados Unidos e China, que por meses travaram uma guerra comercial que abalou os investidores e levantou temores de uma nova recessão.

Nesta sessão, o Banco Central do Brasil dará sequência às rolagens de contratos de swap cambial tradicional, ofertando até 13 mil contratos, distribuídos entre os vencimentos 3 de agosto de 2020, 1º de outubro de 2020 e 1º de dezembro de 2020.

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