Dólar recua ante iene e avança ante emergentes e commodities com cautela
O dólar caiu em relação ao iene, mas subiu diante de moedas de países emergentes e ligados a commodities em geral, em um quadro de maior busca por segurança nos mercados globais. Sinais recentes de menor crescimento pelo mundo influíram, bem como uma reportagem do Financial Times que sugeriu dificuldades para o diálogo no comércio entre Estados Unidos e China.
No fim da tarde desta terça-feira, 22, em Nova York, o dólar caía a 109,35 ienes, o euro recuava a US$ 1,1361 e a libra subia a US$ 1,2960.
A revisão em baixa da projeção de crescimento global do Fundo Monetário Internacional (FMI), revelada na segunda-feira, ainda influiu hoje, na volta ao funcionamento dos mercados americanos depois de um feriado na segunda-feira. Além disso, a China revelou no início da semana que seu crescimento em 2018 foi o mais modesto desde 1990, de 6,6%.
À tarde, a cautela foi reforçada por reportagem do Financial Times, segundo a qual os EUA não quiseram uma reunião sobre comércio com autoridades chinesas, diante da falta de avanço entre as partes nas negociações comerciais. Nesse quadro, o dólar caiu ante o iene, mas avançou ante as divisas de países emergentes e commodities, com a maior busca por segurança.
Entre outras moedas em destaque, a libra se fortaleceu após dados que mostraram crescimento nos salários no Reino Unido. Além disso, analistas citaram a possibilidade de uma segunda consulta popular sobre a saída do país da União Europeia (Brexit) como causa para o movimento, embora a premiê Theresa May continue a rejeitar essa alternativa.
