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Dólar oscila, mas alta prevalece em linha com exterior após frustração com Powell

1 ago 2019 - 10h10
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O dólar iniciou a sessão em alta, alinhado à valorização persistente da moeda americana no exterior após a sinalização dúbia do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell. A subida acima dos R$ 3,80, num primeiro momento, atraiu ofertas e a moeda caiu pontualmente, até mínima em R$ 3,8154, em meio aos ajustes de baixa dos juros futuros após o tom mais dovish (suave) do Comitê de Política Monetária (Copom) para justificar o corte de 0,50 ponto porcentual da Selic, para 6,00%, ontem à noite.

Embora a curva de juro a termo precificasse ao redor de 70% de chance de corte de 0,50pp, o mercado estava bem dividido entre 0,50pp e 0,25pp. A perspectiva de início da rolagem do vencimento de swap cambial de outubro nesta quinta-feira contribui ainda para evitar demanda extra no mercado.

No exterior, o dólar sobe ante divisas principais e emergentes ligadas a commodities após a frustração do investidor com o discurso do presidente do Fed.

Analistas financeiros disseram que Powell sugeriu que poderia haver outro corte de juros preventivo este ano, porém, sua mensagem era clara de que o Fed não tem intenção de reduzir as taxas de forma agressiva, apesar das recorrentes críticas do presidente americano a Powell e ao Fed.

No comunicado do Copom, o BC afirma que "a consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva deverá permitir ajuste adicional no grau de estímulo." O BC afirma ainda que "o Copom reconhece que o processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira tem avançado, mas enfatiza que a continuidade desse processo é essencial para a queda da taxa de juros estrutural e para a recuperação sustentável da economia".

No câmbio, às 9h42, o dólar à vista voltava a subir, aos R$ 3,8234 (+0,12%), após ter iniciado a sessão em alta e registrado máxima em R$ 3,8339 (+0,37%). Na mínima, caiu aos R$ 3,8154 (-0,12%). O dólar futuro para setembro seguia em alta, de 0,29%, aos R$ 3,8325, após tocar em máxima aos R$ 3,8415 (+0,52%) e mínima em R$ 3,8230 (+0,04%).

Estadão
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