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Dólar firma alta e volta a encostar em R$3,50 com exterior

26 abr 2018 - 12h00
(atualizado em 27/4/2018 às 11h09)
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O dólar firmou a alta e voltava a se aproximar do patamar de 3,50 reais nesta quinta-feira, com os investidores ainda cautelosos com ritmo mais intenso da economia dos Estados Unidos, que pode levar a juros mais altos do que o esperado no país e reduzir o apetite por ativos considerados de maior risco.

Às 11:57, o dólar avançava 0,23 por cento, a 3,4940 reais na venda, depois de tocar a máxima de 3,5090 reais no dia. Nos últimos cinco pregões, a moeda norte-americana acumulou alta de 3,13 por cento. O dólar futuro avançava cerca de 0,30 por cento.

"O mercado está esperando os números do Produto Interno Bruto (dos Estados Unidos), que podem reforçar as apostas de aperto de juros mais intenso neste ano", afirmou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.

No dia seguinte, será divulgado o primeiro resultado do PIB do primeiro trimestre deste ano dos EUA e, segundo levantamento da Reuters com analistas, as projeções são de alta de 2 por cento anualizada.

Nos últimos dias, cresceu o temor nos mercados globais de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, possa elevar os juros mais vezes neste ano diante de sinais de melhor desempenho da economia dos Estados Unidos e inflação maior.

Juros elevados no país têm potencial para atrair recursos aplicados hoje em praças financeiras consideradas de maior risco, como a brasileira.

Com isso, o rendimento dos Treasuries de 10 anos do país, referência dos mercados, chegou a ir acima de 3 por cento, nível mais alto desde o início de 2014. Nesta sessão, eles eram negociados um pouco abaixo desse patamar após novos dados dos Estados Unidos, como pedidos de auxílio-desemprego, que caíram para seu nível mais baixo em mais de 48 anos, e encomendas de bens duráveis subindo acima do esperado.

No exterior, o dólar, que chegou a operar em baixa mais cedo, firmou alta ante uma cesta de moedas e também divisas de alguns países emergentes, como o peso mexicano.

O Banco Central vendeu todo o lote de 3,4 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 2,380 bilhões de dólares do total de 2,565 bilhões de dólares que vence em maio.

Se mantiver esse volume diário e vendê-lo integralmente, o BC rolará o valor total dos swaps que vencem no próximo mês.

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