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Dólar engata 3ª queda com Fed "dovish" e avanço da reforma da Previdência

11 jul 2019 - 17h12
(atualizado às 18h09)
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O dólar teve a terceira queda seguida ante o real nesta quinta-feira, renovando o menor patamar de fechamento desde fevereiro, com o mercado confiante na conclusão da votação da reforma da Previdência na Câmara e atento aos sinais de baixa para a moeda norte-americana no exterior.

04/08/2003
REUTERS/Bruno Domingos
04/08/2003 REUTERS/Bruno Domingos
Foto: Reuters

O dólar à vista cedeu 0,19%, a 3,7515 reais na venda, menor nível de fechamento desde 27 de fevereiro (3,7304 reais).

Na B3, o dólar futuro tinha variação negativa de 0,04%, para 3,7580 reais.

A divisa oscilou em leve alta durante boa parte do dia, com investidores dando uma pausa nas vendas à espera de novidades sobre a tramitação da reforma. A ideia é concluir a votação na Câmara até sexta-feira, mas o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), admitiu que não há garantia de que isso acontecerá.

De toda forma, no mercado o sentimento é que o placar da votação --379 votos a 131-- indica forte apoio à reforma, o que abriria caminho não apenas à passagem da matéria no Congresso como também a discussões de outras pautas da agenda econômica.

"Acho que no curto prazo o real tende a se estabilizar, mas à medida que o segundo semestre andar e houver avanços em outras frentes (da agenda econômica), junto com retomada da economia, a taxa de câmbio deverá se valorizar", disse Luis André Oliveira, sócio e gestor da Novus Capital. "Nesse contexto, vejo um dólar a 3,50 reais como possível", finalizou.

O dólar cai cerca de 2,3% ante o real em julho, em baixa de 3,2% no ano. A moeda começou a perder força em meados de maio, logo depois de superar 4,10 reais, justamente por causa das incertezas sobre a pauta local de reformas.

Mas analistas ressalvam que o ambiente externo também tem tido importante papel no enfraquecimento do dólar aqui.

Nesta quinta, investidores tiveram endossadas expectativas de dólar mais fraco no mundo, conforme o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) manteve a porta aberta para cortes de juros no fim deste mês.

Como resultado, as moedas emergentes voltavam a subir, com um índice para esse grupo de divisas se aproximando de picos desde meados de abril.

O índice, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas, ensaiava queda nesta quinta-feira, em torno de 97,07. O BofA, contudo, acredita que o índice poderá recuar para a faixa de 93, implicando baixa de 4,2%.

A correlação entre o índice e o dólar no país tem crescido nos últimos meses, o que sugere que o movimento do câmbio doméstico está mais atrelado ao cenário no exterior.

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