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Dólar cai e volta a rondar R$3,70 com intervenção mais forte do BC

21 mai 2018 - 12h11
(atualizado às 12h12)
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O dólar tinha forte queda nesta segunda-feira e voltava a rondar o patamar de 3,70 reais após o Banco Central reforçar ainda mais a intervenção no mercado e avisar que poderia ampliar o movimento, em meio ao cenário externo de pressão no câmbio.

Nos seis pregões anteriores, o dólar subiu e acumulou valorização de 5,44 por cento, chegando próximo do patamar de 3,80 reais.

Às 12:04, o dólar recuava 0,78 por cento, a 3,7103 reais na venda, tendo batido 3,6923 reais na mínima do dia. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,75 por cento.

"O BC, que foi bastante criticado na semana passada, mostrou as caras para tentar conter a volatilidade do dólar", trouxe a Correparti Corretora em relatório.

Na noite de sexta-feira, após o fechamento dos mercados, o BC reforçou, pela segunda semana consecutiva, a atuação no mercado de câmbio, triplicando a oferta de novos swaps cambiais e frisou que sua atuação no câmbio era separada da política monetária. E acrescentou que reservava o "direito de realizar atuações discricionárias, caso seja necessário".

Na semana passada, o BC vendeu por dia apenas 5 mil novos swaps --equivalentes à venda futura de dólares. Nesta sessão, então, a autoridade monetária já vendeu a oferta total de até 15 mil novos swaps, totalizando 2 bilhões de dólares em novos contratos.

O BC também vendeu integralmente 4.225 de swaps tradicionais para rolagem dos contratos que vencem em junho, no total de 5,650 bilhões de dólares. Com isso, já rolou 4,383 bilhões de dólares. Se mantiver e vender esse volume até o final do mês, terá rolado integralmente os contratos que vencem no mês que vem.

"O BC deixou novas ofertas em suspenso, o que faz o mercado acalmar um pouco", comentou o operador de uma corretora local ao ponderar, no entanto, que ainda era cedo para afirmar que a maior atuação terá o efeito desejado.

Desde abril até o pregão passado, a moeda norte-americana já subiu quase 45 centavos, ou pouco mais de 13 por cento frente ao real, em meio à percepção de que os juros nos Estados Unidos podem subir mais intensamente do que o inicialmente previsto.

Taxas elevadas na maior economia do mundo têm potencial de atrair recursos aplicados hoje em outros mercados, como o brasileiro, considerados de maior risco.

No exterior, o dólar subia ante a cesta de moedas, depois que maior alívio de uma guerra comercial entre China e Estados Unidos levou investidores a reduzirem suas posições vendidas --quando apostam na queda da divisa-- em relação ao dólar.

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