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Dólar cai com ajuda externa, de olho em corte de juro pré-copom e oferta de swap

20 jun 2018 - 07h03
(atualizado em 2/7/2018 às 15h03)
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A trégua na disputa comercial entre Estados Unidos e China nesta quarta-feira, 20, abre espaço para uma realização de ganhos recentes com o dólar, o que ajuda a sustentar novo recuo da moeda americana frente o real nesta manhã. Também pesa na precificação a continuidade do movimento de corte dos prêmios da curva de juros diante das apostas crescentes em manutenção da taxa Selic pelo Copom no fim da tarde de hoje. O recuo desses ativos pode ainda estar atestando um certo cansaço dos investidores em meio ao sucesso das bilionárias intervenções coordenadas do Tesouro Nacional e do Banco Central com ofertas de títulos e de swap cambial. Para ter ideia, no câmbio, a terça-feira, 19, foi o primeiro dia sem leilões extraordinários de swap cambial desde o último dia 5 de junho, após o Banco Central ter injetado US$ 39 bilhões desses contratos no mercado desde 14 de maio. Mais cedo, após a abertura, houve apenas um ajuste pontual de alta da moeda americana, que adicionou um viés positivo às taxas curtas e longas, mas que foi rapidamente apagado. A precificação da curva dos DIs fechou a terça-feira com 70% de chance de manutenção do atual patamar da taxa básica de 6,50% contra 30% de probabilidade de alta de 0,25 ponto porcentual. Ainda assim, operadores atestam que a atividade fraca e a inflação baixa justificariam a Selic estável. Contudo, o quadro interno de incertezas eleitorais e na economia segue como pano de fundo de cautela, disse um operador de uma corretora. Além disso, investidores estão de olho na Câmara dos Deputados, que pode votar projeto de lei da cessão onerosa nesta manhã. Também devem estar na pauta do plenário o requerimento de urgência para votação do projeto de lei que equaciona pendências e destrava a venda das distribuidoras da Eletrobras. Está programado ainda para às 11h30 a oferta do BC de até 8.800 contratos de swap cambial para rolagem de contratos de julho (11h30). Já o Tesouro deve voltar a realizar três leilões de títulos públicos durante a manhã até 12h30. Às 9h52 desta quarta-feira, o dólar à vista recuava 0,98%, aos R$ 3,710, enquanto o dólar futuro de julho cedia 1,03%, aos R$ 3,7125. Na renda fixa, o contrato mais negociado, para janeiro de 2021, indicava 9,44%, na mínima, de 9,58% no ajuste de terça-feira.

Estadão
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