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Dólar cai ante rivais em meio à cautela com tarifas no Fed e em indicadores

13 jul 2018 - 18h38
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O dólar recuou em relação a outras moedas fortes e a boa parte das emergentes nesta sexta-feira,13, penalizado pela presença mais marcante da preocupação suscitada pela guerra comercial entre os Estados Unidos e a China nas falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e nos indicadores econômicos do país. A libra, em particular, ganhou força sobre a divisa americana após o presidente dos EUA, Donald Trump, manifestar apoio a qualquer decisão do governo britânico sobre a implementação do Brexit e a disposição para fechar um acordo comercial assim que o Reino Unido deixar a União Europeia.

Perto do horário de fechamento em Nova York, o dólar recuava a 112,33 ienes, enquanto o euro ganhava terreno a US$ 1,1682 e a libra subia a US$ 1,3230.

O índice DXY fechou em baixa de 0,06%, aos 94,752 pontos.

Em ocasiões separadas, os presidentes da distrital de Dallas do Fed, Robert Kaplan, e o da distrital de Atlanta, Raphael Bostic, vocalizaram ponderações sobre o rumo adequado para a política monetária nos EUA derivadas dos possíveis impactos do embate tarifário entre Washington e Pequim na economia americana.

Kaplan foi o mais enfático, ao dizer que a intensificação da disputa no comércio pode pesar no crescimento da economia dos EUA já neste ano, defendendo apenas mais uma elevação nos juros em 2018. É a mesma trajetória encampada por Bostic, que ressaltou que pode mudar seu cenário base dependendo da aceleração ou da desaceleração da atividade econômica.

Além disso, a Universidade de Michigan revelou nas primeiras horas de pregão em Nova York que o índice de sentimento do consumidor nos EUA recuou de 98,2 em junho para 97,1 na preliminar de julho, em queda mais acentuada que a estimada por analistas (98,0). Em comunicado da instituição, o economista-chefe para essa pesquisa, Richard Curtin, sublinhou que a incidência de referências negativas às tarifas entre os consumidores consultados para o indicador "aceleraram recentemente, subindo de 15% em maio para 21% em junho e 38% em julho".

Entre as emergentes, vale destacar que, já depois do fechamento em Nova York, o dólar acelerou os ganhos ante a lira turca e renovou a máxima intraday a 4,8815 liras turcas (+0,56%), influenciado pelo rebaixamento da nota da Turquia pela Fitch, de BB+ para BB, com perspectiva negativa. Às 17h15 (de Brasília), o dólar subia para 4,8672 liras turcas (+0,26%).

Estadão
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