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Dólar avança quase 1% ante real com cautela por cena política e exterior

21 fev 2019 - 17h12
(atualizado às 17h33)
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O dólar fechou em alta nesta quinta-feira, refletindo cautela ligada à cena política local com foco na tramitação da reforma da Previdência no Congresso.

Notas de dólar e real em casa de câmbio no Rio de Janeiro
10/09/2015
REUTERS/Ricardo Moraes
Notas de dólar e real em casa de câmbio no Rio de Janeiro 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

O dólar avançou 0,91 por cento, a 3,7618 reais na venda. A moeda oscilou entre 3,7163 e 3,7730 reais.

O dólar futuro subia 0,93 por cento.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), determinou nesta quinta-feira o envio da proposta de Previdência à Comissão de Constituição e Justiça, onde começará a tramitar, antes do colegiado começar os trabalhos. Maia pretende instalar a CCJ na próxima terça-feira..

O movimento acontece num momento político delicado para o Planalto, o que levanta questões sobre quanto do texto original proposto conseguirá ser mantido e sobre o tempo de tramitação.

Na véspera, até mesmo parlamentares mais identificados com o governo fizeram críticas públicas à proposta, citando, por exemplo, a decisão de não incluir mudanças nas aposentadorias dos militares.

Alguns participantes do mercado avaliam que o sucesso da tramitação do projeto é a chancela necessária não só para avançar com outras pautas da agenda econômica, como também atrair o investidor estrangeiro de volta ao Brasil.

"O timing dessa aprovação é que vai garantir um bom governo. Se passarem os meses e não andar, o resto tudo vai parando", afirmou o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, referindo-se a outras medidas econômicas como reforma tributária e concessões.

"O investidor nacional tem visão mais otimista... O estrangeiro se mantém cauteloso, vai esperar o andamento disso, vai sentir o clima, a recepção dos parlamentares", disse o operador de câmbio da Advanced Corretora, Alessandro Faganello.

No exterior, o dólar subiu contra moedas emergentes, impulsionado por uma certa aversão ao risco após dados econômicos fracos na zona do euro e nos Estados Unidos.

A produção industrial na zona do euro teve contração inesperada em fevereiro, puxada por um recuo na Alemanha, segundo a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).

Nos EUA, as novas encomendas de bens de capital caíram inesperadamente em dezembro, em meio à queda da demanda por maquinário e metais primários, indicando mais desaceleração nos gastos empresariais em equipamentos.

O mercado segue monitorando o andamento das negociações comerciais entre Estados Unidos e China, com discussões de nível mais alto previstas para esta quinta e sexta-feira.

O BC vendeu 10,33 mil swaps cambiais tradicionais, equivalente à venda futura de dólares. Assim rolou 7,747 bilhões de dólares dos 9,811 bilhões que vencem em março.

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