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Dólar avança levemente, com coronavírus no radar, enquanto libra se destaca

13 fev 2020 - 18h40
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O dólar oscilou ante uma cesta de outras divisas principais, sem muito impulso, com investidores atentos ao noticiário sobre o coronavírus e seus potenciais impactos na economia global. A libra, por sua vez, mostrou mais força, após o ministro das Finanças do Reino Unido, Sajid Javid, renunciar ao posto. Além disso, o peso mexicano e o peso argentino também estiveram em foco, entre as moedas emergentes.

No fim da tarde em Nova York, o dólar recuava a 109,79 ienes, o euro caía a US$ 1,0846 e a libra avançava a US$ 1,3050. O índice DXY, que mede o dólar ante outras moedas principais, registrou leve ganho, de 0,02%, para 99,067 pontos.

Ante as moedas fortes, o dólar chegou a recuar, após autoridades da China informarem que houve um salto nos casos de coronavírus, graças a uma mudança de metodologia. O iene manteve a força diante da divisa americana, com a maior busca por segurança, mas o dólar ganhou certo fôlego ao longo do dia ante uma cesta de divisas principais, medidas pelo DXY.

O euro registrou baixa ante o dólar. No noticiário, a União Europeia manteve a projeção de alta do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro em 1,2% em 2020, mas alertou para o risco do coronavírus provocar impacto negativo.

A libra, por sua vez, se fortaleceu após a saída de Javid. Segundo Joe Manimbo, analista sênior da Western Union, a renúncia do ministro "aumenta as chances de novos estímulos fiscais no próximo mês". Manimbo também alerta, contudo, que a libra continua a enfrentar as incertezas sobre a relação futura entre Reino Unido e União Europeia, após o Brexit.

Entre as moedas emergentes, o dólar recuava a 18,6226 pesos mexicanos, após o Banco Central do México (Banxico) decidir cortar em 25 pontos-base sua taxa básica de juros, a 7,00%. O relaxamento ocorreu conforme esperado pelos analistas em geral e o BBVA diz em relatório que deve continuar a haver mais reduções na taxa, em um momento de economia fraca no país.

Além disso, o dólar subia a 61,3191 pesos argentinos. Investidores acompanham as negociações entre representantes do governo do presidente Alberto Fernández e do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Buenos Aires. O ministro da Economia argentino, Martín Guzmán, afirmou ontem que a prioridade é chegar a um acordo sustentável, enquanto hoje o FMI disse que o diálogo é "construtivo", mas também lembrou que a capacidade do Fundo de reestruturar dívidas é limitada pelo arcabouço legal, em resposta a críticas da vice-presidente argentina, Cristina Kirchner, de que o FMI teria violado suas próprias normas ao firmar o programa de ajuda ao país.

Veja as cotações das principais moedas:

Contato: gabriel.costa@estadao.com

Estadão
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