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Dólar avança com busca por segurança diante de temores de recessão

22 mar 2019 - 19h20
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O dólar se fortaleceu nesta sexta-feira, 22, à medida que os investidores foram ampliando seus temores acerca da desaceleração global após a inversão de parte da curva de rendimentos dos Treasuries, nesta manhã - o que pode indicar que a economia americana está perto de uma recessão. Também contribuíram para o fortalecimento da divisa americana a contração demonstrada pelo índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da Alemanha e Japão.

Nesse cenário, o índice DXY, que mede a moeda americana contra uma cesta de outras seis divisas fortes, fechou em alta de 0,07%, para 96,651 pontos. Próximo ao horário de fechamento das bolsas em Nova York, o dólar subia para 110,95 ienes; o euro caía para US$ 1,1300 e a libra avançava para US$ 1,3197.

A inversão da curva de juros da T-bill de três meses e da T-note de dez anos elevou a apreensão nos mercados, já que poderia indicar uma recessão em solo americano. Com isso, o dólar se fortaleceu em meio à busca por segurança nos mercados internacionais.

Os dados da indústria na Alemanha também pressionaram o euro, que apagou leves ganhos após a divulgação da pesquisa da IHS Markit que mostrou que o índice de gerentes de compras (PMI) composto do país, que mede a atividade nos setores industrial e de serviçoes, caiu de 52,8 para 51,5 em março, o menor nível dos últimos 69 meses, em contração. O PMI industrial do Japão também mostrou contração.

"Os dados de hoje (sexta) confirmam as nossas expectativas de que o PIB real da zona do euro irá, na melhor das hipóteses, crescer ligeiramente na primeira metade do ano. A economia está enfrentando ventos contrários principalmente pelo lado do comércio exterior", destaca o analista Christoph Weil, do Commerzbank.

A libra, por sua vez, manteve o fortalecimento já registrado desde a noite de quinta-feira após os líderes da União Europeia concordarem em adiar a saída do Reino Unido do bloco - o Brexit - do próximo dia 29 para até o dia 22 de maio, sob a condição de que o Parlamento britânico aprove, na próxima semana, o acordo firmado entre a primeira-ministra, Theresa May, e as autoridades da UE.

Estadão
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