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Dólar avança cerca de 1% ante real na volta do feriado digerindo sinalização do Fed

2 mai 2019 - 10h29
(atualizado às 12h30)
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O dólar avançava cerca de 1 cento ante o real nesta quinta-feira, retornando de feriado e após o Federal Reserve sinalizar que não tem pretensão de fazer seu primeiro corte de juros em anos, contrariando algumas apostas.

Notas de 100 dólares
REUTERS/Mohamed Abd El Ghany
Notas de 100 dólares REUTERS/Mohamed Abd El Ghany
Foto: Reuters

Às 12h20, o dólar à vista tinha alta de 1,11 por cento, para 3,9666 reais na venda.

Na terça-feira, a divisa norte-americana caiu 0,49 por cento, a 3,9227 reais na venda. No mês de abril, o dólar acumulou alta de 0,19 por cento frente ao real.

O dólar futuro subia cerca de 1,2 por cento neste pregão.

O real tem o pior desempenho numa lista de 33 pares do dólar.

Em sua decisão de política monetária anunciada na quarta-feira, o Federal Reserve manteve, como era esperado, a taxa de juros no nível atual, mas surpreendeu investidores que trabalhavam com a possibilidade de um corte de juros ainda neste ano ao deixar claro que não há outra ação prevista que não a pausa já adotada.

O chairman do Fed, Jerome Powell, afirmou que não vê motivos para mudança nos juros, levando os mercados cambiais emergentes a enfraquecerem contra o dólar nesta sessão.

"Com essas novidades, as reações nos mercados abertos na quarta-feira foram de quedas nas principais bolsas e viés levemente altista para o dólar, sendo a leitura predominante uma devolução de apostas pontuais por um corte ou por alguma sinalização de corte de juros no curto prazo", avaliou a corretora H.Commcor em nota, citando a movimentação no exterior da véspera, quando o mercado nacional permaneceu fechado por feriado.

No panorama doméstico, participantes do mercado seguem monitorando avanços na tramitação da reforma da Previdência, atualmente na comissão especial da Câmara dos Deputados.

Na terça-feira, o presidente da comissão, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), afirmou que ainda acertará um cronograma com partidos, mas que tem como base um horizonte de votação em junho no colegiado.

"Não tem nada (no doméstico), então ficamos vulneráveis ao cenário político, a alguma declaração que eventualmente pode trazer um desconforto. Como a comissão especial começa semana que vem, não tem o que fazer a não ser esperar", disse o operador de câmbio da Advanced Corretora, Alessandro Faganello.

O Banco Central vendeu nesta quinta-feira todos os 5,05 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, rolando assim 252,5 milhões de dólares de um total de 10,089 bilhões de dólares com vencimento em julho. O estoque de swaps do BC no mercado é de 68,863 bilhões de dólares.

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