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Dólar avança ante moedas fortes e emergentes após ata do Fed

17 out 2018 - 19h26
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O dólar apresentou ganhos em relação a outras moedas principais e à maioria das divisas emergentes nesta quarta-feira, 17, apresentando gás adicional durante a tarde, após a ata da reunião de política monetária de setembro do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) indicar um tom mais favorável à continuidade das elevações nas taxas de juros em um cenário de forte desempenho econômico nos Estados Unidos e de mercado de trabalho aquecido.

Próximo ao horário de fechamento das bolsas em Nova York, o dólar subia para 112,54 ienes; o euro recuava para US$ 1,1508; e a libra cedia para US$ 1,3123. Já o índice DXY, que mede a moeda americana contra uma cesta de outras seis divisas principais, encerrou o dia em alta de 0,55%, para 95,575 pontos. Entre as emergentes, o dólar chegou ao fim da tarde cotado a 18,8837 pesos mexicanos, 36,1989 pesos argentinos e 14,2331 rands sul-africanos.

A ata da reunião de setembro do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) se mostrou "hawkish", fazendo com que os agentes continuem atentos à possibilidade de um aperto monetário mais acelerado por parte do banco central. Alguns dirigentes julgaram que seria necessário "aumentar temporariamente os juros acima do nível neutro", a fim de fazer com que a inflação atinja a meta de 2% estabelecida pelo Fed, enquanto os banqueiros centrais continuaram a avaliar que altas graduais nas taxas de juros continuam consistentes com "uma expansão econômica sustentada, condições fortes do mercado de trabalho e inflação perto de 2%".

Na avaliação do diretor-executivo da Macroeconomic Advisers, Ken Matheny, a ata não mostrou grandes surpresas. "A maioria dos dirigentes continua antecipando que uma política de alta gradual dos juros equilibrará o risco de aperto da política monetária muito rapidamente, o que poderia contribuir para o fim prematuro da expansão e fazer com que a inflação ficasse abaixo da meta", disse, em nota a clientes. Para Matheny, o FOMC irá elevar os juros em dezembro e mais algumas vezes em 2019 e 2020, fazendo com que o limite superior da taxa dos Fed funds atinja 3,5%.

Os agentes também monitoraram outros assuntos, como a questão orçamentária da Itália, que voltou a penalizar o euro. O comissário de Orçamento e Pessoal da União Europeia, Günther Oettinger, afirmou à revista alemã Spiegel que a Comissão Europeia rejeitará a proposta de orçamento de 2019 da Itália após a confirmação das suspeitas de que o plano não cumpre as obrigações fiscais estipuladas pelo bloco. Os investidores avaliaram, ainda, as negociações do Brexit, com a libra sendo deixada de lado após o negociador-chefe da UE para o divórcio, Michel Barnier, afirmar que as negociações sobre o Brexit "precisam de muito mais tempo" para que um acordo seja alcançado.

Estadão
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