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Dólar avança ante euro após indústria da Itália decepcionar investidores

11 jan 2019 - 20h50
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O dólar apresentou alta em relação a outras moedas principais nesta sexta-feira, 11, apoiado pela perspectiva de desaceleração da economia global. Os ganhos, no entanto, foram moderados devido a indicadores que mostram que a inflação continua contida nos Estados Unidos, o que não colaboraria para que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) repensasse na paciência a ser adotada em seu programa de aperto monetário.

Próximo ao horário de fechamento das bolsas em Nova York, o dólar subia para 108,54 ienes, enquanto o euro recuava para US$ 1,1466. Já o índice DXY, que mede a moeda americana ante uma cesta de outras seis divisas fortes, fechou em leve alta, de 0,14%, cotado a 95,670 pontos.

Nesta sexta-feira, o dólar seguiu o movimento visto na quinta-feira e deixou de lado a pressão sofrida no início da semana, quando apresentou queda generalizada. "Os diferenciais das taxas de juros continuam bem a favor do dólar em relação ao euro e isso significa que os investidores irão empurrar a moeda única e o iene ainda mais para baixo", acreditam os estrategistas de câmbio do UniCredit. Indicadores abaixo do esperado de atividade em países da zona do euro colaboraram para o sentimento de cautela em relação ao euro.

A indústria dos três principais países da região - Alemanha, França e Itália - apresentou queda em novembro e suscitou preocupações com o ritmo de andamento da atividade econômica na zona do euro, o que pesou na moeda única. A cautela com a economia se refletiu até mesmo em comentários feitos pelo presidente do banco central da Eslováquia e integrante do conselho diretivo do Banco Central Europeu (BCE), Jozef Makuch. Para tentar acalmar os mercados, o dirigente comentou que "todas as medidas de apoio à economia permanecem sobre a mesa".

Na avaliação do banco MUFG, toda a pressão sobre o dólar vista no início da semana reflete, também, um temor dos investidores com a paralisação parcial do governo americano, que está perto de se tornar a de maior longevidade na história. O déficit americano superou US$ 1 trilhão no último ano fiscal e, de acordo com o banco, isso não é um ponto positivo para o dólar. (Com informações da Dow Jones Newswires)

Estadão
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