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Dólar acelera alta ante real com abertura de Wall St; não reage à fala de Bolsonaro em Davos

22 jan 2019 - 13h36
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O dólar passou a operar com leve alta, na casa dos 3,77 reais, com o mercado se voltando para o exterior na ausência de detalhes mais específicos sobre Previdência no discurso de Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial, em Davos.

REUTERS/Amanda Perobelli
REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

Às 13:32, o dólar avançava 0,59 por cento, a 3,7807 reais na venda, após terminar a sessão anterior em alta de 0,07 por cento, a 3,7587 reais. O dólar futuro operava com ganho de cerca de 0,7 por cento.

O pregão, que aguardava com expectativa o discurso de Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, não teve grandes oscilações após a fala de Bolsonaro, mas acelerou a alta com a abertura de Wall Street.

"Havia expectativa se (Bolsonaro) ia ou não falar sobre reforma da Previdência e ele não falou, falou de outros setores que pretende fomentar, e quando foi questionado meio que se esquivou e acabou não falando nada", afirmou o operador de câmbio Jefferson Laatus, sócio da LAATUS Educacional.

"O mercado estava na expectativa de que falasse, não que desse detalhes, mas que desse um direcionamento, grande ou pequeno, alguma informação importante. Alguma coisa poderia ter falado", acrescentou o operador.

Durante um breve discurso e em sessão de perguntas e respostas, Bolsonaro disse que confia que terá respaldo do Congresso e que o governo desfruta de credibilidade "para fazer as reformas de que precisamos e que o mundo espera de nós", mas não entrou em detalhes.

O presidente também elencou o ministro da Justiça, Sérgio Moro, como principal pessoa de seu governo no combate à corrupção.

"O que pode direcionar é a abertura de Wall Street, S&P está caindo, o petróleo está caindo, pressionando o câmbio. O que poderia aliviar o câmbio seria fala do Bolsonaro e não teve, então vai acompanhar o cenário externo", afirmou Laatus.

Nos Estados Unidos, os mercados acionários abriram em queda com temores renovados de uma desaceleração no crescimento global. O S&P 500 <.SPX> e o Nasdaq <.IXIC> chegaram a registrar recuo de 1 por cento.

Na segunda-feira, o Fundo Monetário Internacional cortou suas previsões de crescimento global para 2019 e 2020, citando fraqueza na Europa e em alguns mercados emergentes, além de tensões comerciais.

Também a China informou que registrou em 2018 a taxa de crescimento mais lenta em 28 anos, o que coloca o país sob pressão para atuar com novas medidas de estímulo.

O Banco Central vendeu nesta sessão 13,4 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 10,05 bilhões de dólares do total de 13,398 bilhões de dólares que vencem em fevereiro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

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