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Dólar à vista cai com esperanças sobre comércio EUA-China

24 set 2019 - 10h11
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O dólar recua ante o real no mercado à vista nesta terça-feira, 24, em linha com a queda predominante registrada frente outras divisas emergentes em meio a um discreto apetite por ativos de risco no exterior. Investidores operam com esperanças renovadas em torno da possível retomada das negociações comerciais entre Estados Unidos e China em duas semanas. Também repercutem positivamente um avanço acima do projetado para o índice IFO de sentimento das empresas da Alemanha.

Mas os ajustes são moderados em meio ao clima de espera pelo discurso do presidente Jair Bolsonaro na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) (por volta das 10h). A votação do primeiro turno da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, prevista para esta terça, também está no radar.

O Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, apurou que a reforma da Previdência que será votada pela CCJ abre uma janela para que servidores que ingressaram antes de 2003 se aposentem com 100% de bonificações e outras vantagens incorporadas à remuneração, mesmo que só tenham recebido o benefício no último ano de carreira. No INSS, a mesma reforma da Previdência prevê que o valor da aposentadoria será calculado com base na média de todos os salários sobre os quais o trabalhador contribuiu para a Previdência - inclusive os menores, do início da carreira.

A brecha para a benesse aos servidores passou a existir depois que o relator, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), acatou uma emenda apresentada pelo senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) após a apresentação do parecer do tucano. A incorporação dos 100% já é a regra hoje, mas a proposta de reforma aprovada na Câmara dos Deputados endurecia as normas ao prever que a incorporação levaria em conta bonificações e vantagens recebidas ao longo de toda a carreira. Ou seja, uma média dos valores, o que resultaria em incorporação menor à aposentadoria.

Os agentes de câmbio monitoram a oscilação dos juros futuros próxima da estabilidade. Mais cedo, as taxas exibiam ligeiro viés de alta, após a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana passada confirmar o tom mais "dovish" que o esperado do comunicação desse encontro, segundo operadores de renda fixa.

Além disso, o IPCA-15 de setembro subiu 0,09%, levemente acima do resultado de agosto (+0,08%). O indicador de inflação ficou dentro das estimativas dos analistas financeiros consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam alta entre 0,03% e 0,23%, com mediana positiva de 0,08%.

Com o resultado anunciado nesta terça, o IPCA-15 acumulou um aumento de 2,60% no ano. Nos 12 meses encerrados em setembro, o índice ficou em 3,22%, vindo também pouco acima da mediana das estimativas do mercado financeiro, de 3,21%. O intervalo das projeções iam de avanço de 3,16% a 3,36%.

Às 9h47, o dólar à vista seguia em baixa, de 0,19%, aos R$ 4,1635. Já o dólar futuro de outubro estava praticamente estável, com viés de baixa de 0,02%, aos R$ 4,1645, após ter virado pontualmente para o lado positivo, na máxima em R$ 4,1665 (+0,04%) um pouco antes. Na mínima, esse contrato cedeu aos R$ 4,1535 (-0,28%).

Estadão
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