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Dívida sem garantia da Odebrecht com Banco do Brasil é de cerca de R$4 bi, diz presidente

19 jun 2019 - 13h12
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O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, afirmou nesta quarta-feira que a dívida sem garantia da Odebrecht com a instituição é de cerca de 4 bilhões de reais, dos quais metade está provisionada.

Presidente-executivo do Banco do Brasil, Rubem Novaes. 14/2/2019. REUTERS/Amanda Perobelli
Presidente-executivo do Banco do Brasil, Rubem Novaes. 14/2/2019. REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

"Estamos muito bem provisionados...Se somar tudo, estaríamos a descoberto com cerca de 4 bilhões (de reais), destes, 2 bilhões estão sob provisões", disse Novaes a jornalistas ao sair de reunião sobre governança dos bancos públicos com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

A Odebrecht entrou nesta semana com um dos maiores pedidos de recuperação da história do país citando mais de 50 bilhões de reais em dívidas sujeitas a reestruturação. A Odebrecht citou 18,1 bilhões de reais em dívidas com bancos sem garantia real, sendo 7 bilhões com o BNDES, 4,75 bilhões com o Banco do Brasil, e 4,1 bilhões de reais com a Caixa.

Novaes afirmou que o BB teria perdas com o conglomerado empresarial caso o desconto no valor da dívida, chamado de "haircut", no processo de recuperação da empresa seja maior que 50 por cento.

"A exigência de provisão neste caso é de 30% e nós temos 50% de provisão", disse Novaes. Questionado se a recuperação da Odebrecht poderia afetar os resultados do BB, o presidente do banco afirmou que o processo atingirá a instituição "se o haircut for superior a 50%".

"No caso da Oi (do processo de recuperação judicial do grupo de telecomunicações), o banco aumentou a rentabilidade porque estávamos provisionados mais do que o necessário e a expectativa sobre a Odebrecht é de ocorrer o mesmo."

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