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Dívida da Embraer cresce 152% e chega a R$ 4,3 bi no 1º trimestre

Companhia atribui a expressiva alta no endividamento ao uso livre de caixa no período, à sazonalidade do negócio e ao pagamento de dívidas no período

15 mai 2019 - 10h10
(atualizado às 13h01)
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A Embraer encerrou o primeiro trimestre de 2019 com dívida líquida de R$ 4,3 bilhões, um aumento de 152% em relação ao reportado no final de 2018.

No informe de resultados divulgado nesta quarta-feira, 15, a companhia atribui a expressiva alta no endividamento ao uso livre de caixa no período, à sazonalidade do negócio e também ao pagamento de dívidas no período. Na comparação com o mesmo trimestre de 2018, o uso livre de caixa da companhia quase dobrou, de R$ 1,339 bilhão para R$ 2,495 bilhões.

A empresa encerrou o primeiro trimestre com caixa de R$ 9,677 bilhões e dívida de R$ 13,978 bilhões. Ao final de março, o volume total de financiamentos da companhia diminuiu para R$ 13,978 bilhões, em relação aos R$ 14,134 bilhões ao final de 2018. No período, a dívida de longo prazo totalizou R$ 12,809 bilhões, enquanto a dívida de curto prazo foi de R$ 1,168 bilhão. Considerando o perfil atual da dívida, o prazo médio de endividamento é de 5,3 anos.

Segundo a companhia, o consumo de caixa em atividades operacionais (líquido de investimentos financeiros e ajustado pelos impactos não recorrentes no caixa) no trimestre praticamente dobrou em relação ao informado um ano antes, passando de R$ 1,010 bilhão para R$ 2,088 bilhões.

No período, ressalta a Embraer no balanço, "os investimentos em capital de giro (especialmente estoques e contas a receber de clientes e ativos de contrato) também aumentaram, assim como a ausência de contribuições de parceiros para compensar os investimentos em desenvolvimento no trimestre, quando comparado ao mesmo período do ano anterior".

Queda na aviação comercial

A participação do segmento de aviação comercial na receita consolidada da Embraer diminuiu no primeiro trimestre para 34,2%, contra 39,7% de um ano antes, já que as entregas desse segmento caíram de 14 para 11 jatos na comparação entre os trimestres. No quarto trimestre de 2018, a participação do segmento na receita da companhia atingiu 50,3%.

A parcela da receita de aviação executiva na receita subiu de 13,4% para 14,4% no comparativo entre mesmos trimestres, com aumento de 8% na receita em comparação com o ano anterior, devido à variação cambial. O segmento de defesa e segurança ficou praticamente estável e sua participação na receita total da companhia foi de 21,8% no primeiro trimestre.

As receitas de serviços e suporte cresceram 19% em relação ao ano anterior, para R$ 920,7 milhões no trimestre, representando 29,5% da receita consolidada da Embraer no primeiro trimestre, comparado a 24,9% reportado em igual período do ano anterior.

Estadão
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