Emprego cresce em maio, mas salário fica menor
Apesar de aumento de empregos no saldo do mês e acumulado de 2022, salários seguem tendência de queda.
O emprego em regime CLT no Brasil apresentou crescimento em maio de 2022, registrando saldo de 277.018 postos de trabalho. Esse resultado decorreu de 1.960.960 admissões e de 1.683.942 desligamentos, de acordo com o Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). No país, o estado com maior saldo de vagas foi São Paulo, com aumento de 85.659 postos.
No acumulado do ano de 2022, foi registrado saldo de 1.051.503 empregos, decorrente de 9.693.109 admissões e de 8.641.606 desligamentos (com ajustes até maio de 2022), ainda de acordo com o Novo Caged, do Ministério do Trabalho.
Emprego intermitente e parcial também cresceram no mês
Em maio deste ano, considerando a modalidade intermitente, houve geração de 5.810 vagas, considerando as 24.094 admissões e 18.284 desligamentos na modalidade no mês.
Já nas admissões em regime de tempo parcial o saldo foi de 3.279 empregos, com 19.530 admissões e 16.251 desligamentos.
Para o conjunto do território nacional, o salário médio de admissão em maio de 2022 foi de R$ 1.898,02. Comparado ao mês anterior, houve queda real de R$ 18,05 no salário médio de admissão, uma variação em torno de - 0,94%. Já na comparação com o ano passado, a queda é ainda maior.
O salário real de admissão encolheu 5,65% em relação a maio do ano passado e segue em tendência de queda desde 2020, segundo análise da Terra Investimentos: “A combinação de aumento na contratação concomitante à queda do salário real de admissão sugere que estamos diante de um deslocamento ao longo da curva de demanda por trabalho, ou seja, a queda do preço real do trabalho estimula novas contratações pelas empresas”, avalia João Maurício Lemos Rosal, Economista-Chefe da Terra Investimentos.