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Bolsonaro sanciona piso da enfermagem, mas veta correção pela inflação

Texto do projeto fixa em R$ 4.750 o piso nacional de técnicos de enfermagem, auxiliares e parteiras

4 ago 2022 - 18h31
(atualizado em 5/8/2022 às 09h10)
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Bolsonaro sanciona piso da enfermagem, mas veta correção pela inflação
Bolsonaro sanciona piso da enfermagem, mas veta correção pela inflação
Foto: CartaCapital

Após intensas discussões nos bastidores do governo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou nesta quinta-feira, 4, a lei que cria o piso nacional da enfermagem.

O texto do projeto, aprovado pela Câmara e pelo Senado, fixou em R$ 4.750 o piso nacional de enfermeiros, valor que serve de referência para o cálculo do mínimo salarial de técnicos de enfermagem (70%), auxiliares de enfermagem (50%) e parteiras (50%). Assim, os pisos passam a ser de:

- Enfermeiros: R$ 4.750

- Técnicos de enfermagem: R$ 3.325

- Auxiliares de enfermagem: R$ 2.375

- Parteiras: R$ 2.375

Bolsonaro vetou o artigo que estabelecia reajuste de salários com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). "Presidente vetou. Isso (correção pelo INPC) não pode", disse ao Estadão/Broadcast o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Para ser oficial, a sanção precisa ser publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Jair Bolsonaro sanciona piso nacional da enfermagem acompanhado da primeira-dama, Michelle, e dos ministros Ciro Nogueira (Casa Civil) e Marcelo Queiroga (Saúde) e do presidente da Câmara, Arthur Lira Foto: Wilton Junior/Estadão

Para dar segurança jurídica, o Congresso promulgou antes uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para liberar o governo a propor a criação do piso. O impacto fiscal estimado é de R$ 16 bilhões.

A assinatura da lei, feita no último dia do prazo de sanção, ocorreu em cerimônia no Palácio do Planalto na presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL).

Alçada pela campanha à reeleição para tentar diminuir a rejeição de Bolsonaro entre as mulheres, a primeira-dama Michelle também compareceu, assim como representantes dos enfermeiros.

Bolsonaro não discursou na solenidade, que foi encerrada antes do previsto após enfermeiros se levantarem das cadeiras em comemoração que não pôde ser controlada pela equipe do Planalto. Os pedidos ao microfone para que todos tomassem seus assentos foram ignorados.

Estadão
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