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Diesel da Petrobras sobe 5,7% e atinge máxima de quase 6 meses

11 abr 2019 - 15h03
(atualizado às 15h21)
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A Petrobras elevará em 5,7 por cento o preço médio do diesel nas refinarias a partir de sexta-feira, na maior alta para o combustível em mais de sete meses, após manter o valor congelado por 21 dias, apontaram dados da companhia nesta quinta-feira.

Caminhão é abastecido a diesel em posto da Petrobras no Rio de Janeiro
29/05/2018
REUTERS/Sergio Moraes
Caminhão é abastecido a diesel em posto da Petrobras no Rio de Janeiro 29/05/2018 REUTERS/Sergio Moraes
Foto: Reuters

Foi o maior reajuste realizado para o combustível mais comercializado do Brasil desde 31 de agosto, quando houve uma alta de 13,03 por cento --naquela oportunidade, o diesel subiu na esteira de um reajuste no valor de referência utilizado no programa governamental de subsídios, que já não existe.

Com o ajuste, o diesel será comercializado a 2,2662 reais por litro, maior valor desde 27 de outubro, quando era cotado a 2,3606 reais por litro.

O diesel da Petrobras estava em 2,1432 reais por litro desde 22 de março.

A manutenção do preço da Petrobras por períodos mais longos foi permitida pela atual gestão da empresa em 26 de março, quando definiu que os ajustes nas refinarias acontecerão em intervalos não inferiores a 15 dias.

A mudança ocorreu em meio a pressão de caminhoneiros autônomos, que demonstraram insatisfação com as políticas para o setor, ameaçando nova greve.

Logo após o anúncio da nova política da Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro disse em vídeo nas redes sociais que seu governo respeita os caminhoneiros e tem tomado medidas de interesse da categoria, como uma mudança na periodicidade dos reajustes do diesel pela Petrobras.

Antes da política definida ao final de março, a Petrobras poderia manter o diesel estável por períodos de até sete dias, utilizando mecanismos de hedge para evitar prejuízos.

A Petrobras tem informado, no entanto, que sua política de preços busca a paridade de importação, tendo como referência indicadores internacionais como câmbio e petróleo, em busca de rentabilidade. Eventuais perdas com a manutenção dos preços seriam evitadas com hedge.

O repasse das alterações nos preços dos combustíveis aos consumidores finais depende de uma série de fatores, como impostos, margens dos distribuidores e revendedores e misturas de biocombustíveis.

Neste ano, grande parte das altas realizadas pela Petrobras não está chegando às bombas.

Na semana passada, os preços do diesel nas bombas caíram 0,14 por cento ante a semana anterior, apesar de nas refinarias terem permanecido congelados.

Nos primeiros três meses do ano, o diesel teve alta de apenas 3 por cento nos postos, contra avanço de 18,5 por cento nas refinarias da Petrobras.

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