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Dia dos Pais tem lojista animado, cliente cauteloso, mais vinho e menos barbeador

Levantamento da Associação Comercial de São Paulo aponta que apenas 32,2% dos consumidores vão presentear os pais no dia 8 de agosto, mas lojistas de shoppings apostam em aumento nas vendas

5 ago 2021 - 14h10
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Para 90% dos lojistas de shoppings, o Dia dos Pais deve trazer recuperação das vendas. A data é o quarto maior evento do varejo, atrás das vendas de fim de ano, Dia das Mães e Dia dos Namorados.

Neste ano, o otimismo dos varejistas de shoppings tem como pano de fundo uma maior flexibilização de horário e da capacidade de público, mas a expectativa pode acabar não correspondida à altura. Pesquisa encomendada pela Associação Comercial de São Paulo (Acsp) à startup Behup mostra que apenas 32,2% dos consumidores vão presentear os pais no dia 8 de agosto.

Em relação ao aumento das vendas, 45,5% dos lojistas de shoppings acreditam que as vendas vão crescer em torno de 20% em relação ao ano passado. Para 27,3%, a alta virá em torno de 40%. Na visão de 18,2% dos comerciantes do setor, o aumento será mais tímido: de 10%. Os dados são de um levantamento da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), feito com representantes de 1.200 pontos de venda.

O segmento de maior destaque nos centros de compras promete ser o de moda. "Estações do ano bem definidas melhoram o resultado das vendas no comércio e o inverno rigoroso eleva a procura por itens de vestuário, assim como aumenta o consumo de alimentos nos restaurantes e cafés por exemplo", diz Nabil Sahyoun, presidente da Alshop.

A pesquisa da Associação Comercial de São Paulo, que ouviu 1.670 consumidores de todas as regiões do Brasil, também mostra uma tendência de destaque para os vestuários e itens "clássicos". No entanto, o patamar na intenção de compra de roupas e calçados é inferior ao registrado no passado. Nos anos anteriores, mais de 60% dos entrevistados responderam que presenteariam seus pais com alguma peça de vestuário. Neste ano, os dados não passaram de 42%. Ainda assim, a categoria lidera a lista. Perfumes, relógios e canecas respondem por 35,3%, 18% e 14% das intenções de compra, respectivamente.

"Naturalmente, o Dia dos Pais não tem a mesma movimentação que outras datas do comércio. Mesmo assim, as perspectivas de vendas são favoráveis porque estão sendo impulsionadas pela recuperação da confiança do consumidor em julho e pela flexibilização dos horários de atendimento", analisa o economista-chefe da ACSP, Marcel Solimeo.

Cesta de compras

Segundo o Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo (Ibevar), o comportamento do consumidor no Dia dos Pais é marcado por objetos de uso diário, como camisas, sapatos e meias. "Mas há também um conjunto de presentes típicos destinados aos pais, como barbeadores elétricos, bebidas, charutos, etc", diz a instituição em um levantamento adiantado ao Estadão/Broadcast.

Em uma pesquisa que captura tendências sazonais de consumo por meio de redes sociais, comentários em notícias e volume de buscas, examinando-as por meio da aplicação de recursos estatísticos e semânticos, o Ibevar verificou intenção menor de compra dos produtos clássicos para a data em comparação aos anos anteriores. A exceção são bebidas alcoólicas.

Estadão
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