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Despesas menores fazem Bradesco lucrar 10% a mais no 1º tri

26 abr 2018 - 07h21
(atualizado às 10h39)
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Uma queda vigorosa das provisões para perdas com calotes e o controle das despesas administrativas lastrearam uma alta de quase 10 por cento do lucro do Bradesco no primeiro trimestre, compensando a continuada fraqueza do crédito e das receitas com seguros.

Homem caminha em frente de agência do Bradesco no Rio de Janeiro
14/08/2014 REUTERS/Pilar Olivares
Homem caminha em frente de agência do Bradesco no Rio de Janeiro 14/08/2014 REUTERS/Pilar Olivares
Foto: Reuters

O segundo maior banco privado do país anunciou nesta quinta-feira que teve lucro recorrente de 5,102 bilhões de reais no período, alta de 9,8 por cento ante mesma etapa de 2017. O lucro contábil, que referencia a remuneração aos acionistas, subiu 9,7 por cento ano a ano, para 4,47 bilhões de reais.

A linha chamada PDD Expandida, que computa perdas com provisões previstas com inadimplência, incluindo baixa contábil de ativos, menos valores recuperados da cobrança, somou 3,89 bilhões de reais, uma queda de 26,3 por cento ano a ano, e de 28 por cento na base sequencial.

Essa melhora veio a reboque do declínio no índice de inadimplência acima de 90 dias, para 4,39 por cento, queda de 1,2 ponto percentual em 12 meses e o quarto trimestre seguido de redução. O NPL creation, indicador antecedente de inadimplência, foi de 1,2 por cento, ante 1,8 por cento um ano antes.

Além disso, as despesas administrativas de 9,64 bilhões de reais recuaram 0,4 por cento no comparativo anual 5,7 por cento contra o trimestre anterior, refletindo segundo o banco "as sinergias da aquisição do HSBC Brasil e a estratégia de otimização dos pontos de atendimento".

No fim de março, o Bradesco tinha 4.708 agências, 414 a menos em 12 meses. A folha de pagamento também teve uma redução de 9,05 mil funcionários no período, para 97,6 mil.

Os efeitos da evolução da qualidade da carteira e do controle das despesas operacionais mais do que compensaram a fraqueza das operações com crédito e seguros.

A carteira de crédito expandida do Bradesco atingiu 486,645 bilhões no fim de março, queda de 3,2 por cento em 12 meses e de 1,3 por cento na base sequencial. O desempenho ficou bem abaixo do intervalo previsto pelo próprio banco para 2018, de expansão de 3 a 7 por cento.

O movimento veio na contramão do rival menor Santander Brasil, que na terça-feira anunciou alta de 9 por cento da carteira de crédito no primeiro trimestre.

Em outra frente, os prêmios emitidos de seguros, previdência e capitalização caíram 17,1 por cento sequencialmente e 2,1 por cento contra um ano antes, para 17,57 bilhões de reais.

De todo modo, o banco que passou por um troca de comando em março, com Octavio de Lazari assumindo a presidência-executiva no lugar de Luiz Carlos Trabuco, fechou o trimestre com rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido de 18,6 por cento, alta sequencial de 0,6 ponto e de 0,3 ponto ano a ano.

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