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Desigualdade no setor sucroenergético deve se acentuar em 2020, diz Fitch

17 set 2019 - 13h47
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São Paulo, 17 - O setor sucroenergético no Brasil deve ficar ainda mais desigual no ano que vem. A projeção é da Fitch Ratings. Em palestra, nesta terça-feira, 17, no segundo dia da Novacana Ethanol Conference, o diretor associado da agência de classificação de risco, Cláudio Miori, projetou: "As usinas que estão muito boas vão continuar muito boas e as que estão muito ruins vão piorar."

A expectativa da Fitch é que, em 2019/2020, haja pouca alteração na alavancagem das usinas, estabilidade no câmbio e algum incremento na moagem.

A agência projeta que as usinas em recuperação judicial devem permanecer em recuperação judicial, e as que reestruturaram suas dívidas provavelmente reestruturarão novamente - um exemplo dado foi a Usina São João (USJ).

Durante sua apresentação, o diretor associado da Fitch também fez uma análise das características mais comuns de grupos que estão em recuperação judicial. A maior parte é de pequeno porte. "Talvez represente a fragmentação da indústria hoje, mas também pode ser um esforço maior dos bancos em salvar grupos maiores do que em salvar grupos menores", disse Miori.

Além disso, as usinas em estresse financeiro, de acordo com a Fitch, costumam estar "fortemente afetadas por condições climáticas adversas por período prolongado", ter baixa flexibilidade de produção - foco alto em etanol ou açúcar -, alta exposição ao dólar, entre outras características. Já fatores como localização e afiliação à Copersucar, maior empresa brasileira na exportação de açúcar e etanol, se mostraram indiferentes.

Estadão
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