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Demanda por voos domésticos no Brasil sobe 5,7% em fevereiro

Já a tarifa aérea média doméstica real, descontada a inflação, encerrou 2017 em R$ 357,16, menor valor da série histórica iniciada em 2011

21 mar 2018 - 12h00
(atualizado às 12h41)
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Número de passageiros transportados subiu 5 por cento, para 6,88 milhões.
Número de passageiros transportados subiu 5 por cento, para 6,88 milhões.
Foto: Jornal do Brasil

A demanda por voos domésticos no Brasil subiu 5,7 por cento em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).

A oferta de voos domésticos avançou 4,2 por cento na mesma base de comparação, enquanto o número de passageiros transportados subiu 5 por cento, para 6,88 milhões.

Tarifa

A tarifa aérea média doméstica real, descontada a inflação, encerrou 2017 em 357,16 reais, no menor valor da série histórica iniciada em 2011, e 0,6 por cento inferior a 2016, segundo o Relatório de Tarifas Aéreas Domésticas divulgado nesta quarta-feira pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

O preço do quilômetro pago por passageiro, métrica que permite a comparação entre ligações com diferentes distâncias, caiu 3,1 por cento em 2017 e fechou o ano em 0,308 real, também no menor patamar da série histórica.

De acordo com a Anac, a tarifa média caiu apesar do aumento da demanda por transporte aéreo doméstico, medida em passageiros quilômetros pagos transportados (RPK), o que tende a puxar os preços para cima.

No ano passado, a demanda por voos domésticos acumulou alta de 3,2 por cento, enquanto a oferta de assentos subiu 1,4 por cento. Os dados mostram uma recuperação, após as quedas em 2016 de 5,7 por cento na demanda e de 5,9 por cento na oferta.

Segundo a Anac, embora a redução das tarifas médias tenha ocorrido em meio ao início da franquia de bagagens, ainda não é possível verificar o efeito dessa medida nas tarifas.

"A constatação das causas que levam a variações nos preços das passagens aéreas, como a desregulamentação da franquia de bagagem, exige uma série temporal robusta de dados que permita isolar e analisar os impactos de todas as variáveis envolvidas", disse a Anac no relatório, acrescentando que as tarifas oscilam por diversos fatores, como mudança nos custos das companhias, distância de rota, nível de concorrência, entre outros.

Empresas

No ano passado, a tarifa média para voos domésticos da Latam caiu 7,3 por cento, enquanto Azul mostrou queda de 2,2 por cento e Avianca teve redução de 0,3 por cento. Na contramão, a Gol foi a única a apresentar aumento na tarifa média no ano passado, de 6,6 por cento.

O preço do quilômetro pago por passageiro por empresa apresentou comportamento similar à variação tarifária, com quedas de 9,4 por cento na Latam, de 6,7 por cento na Azul e de 0,1 por cento na Avianca. Já a Gol mostrou alta de 2,4 por cento.

Sazonalidade

Apesar da queda no ano, os dados do relatório mostram que a tarifa média doméstica real no segundo semestre foi de 384,21 reais, ficando acima da tarifa média do ano.

A Anac destacou o fator sazonalidade para os preços que, em geral, são mais altos no segundo semestre ante os primeiros seis meses do ano.

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