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Demanda por milho e soja em alta nos EUA não será suficiente para conter sobreoferta

29 set 2017 - 16h43
(atualizado às 16h52)
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Os grandes estoques de milho e soja dos Estados Unidos que restaram mesmo após um verão de demanda voraz têm levantado o temor de que uma enorme oferta continuará a assombrar os mercados de grãos ainda que seu consumo global continue a crescer.

 7/10/2016 REUTERS/Stephane Mahe
7/10/2016 REUTERS/Stephane Mahe
Foto: Reuters

Em seu relatório trimestral de estoques divulgados nesta sexta-feira, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) mostrou que os EUA utilizaram milho e soja em um ritmo intenso durante junho, julho e agosto.

O uso tanto do milho quanto da soja no verão foram o segundo maior nível já registrado para o período. Processadores de soja, exportadores e usuários finais utilizaram 665 milhões de bushels da oleaginosa, enquanto o milho totalizou 2,934 bilhões de bushels.

Mas apesar da forte demanda, produtores e operadores de grãos ainda ficaram com estoques finais de milho em uma máxima de 29 anos, enquanto os estoques finais de soja estão em máxima de 10 anos. A acumulação dos produtos não é exclusiva dos Estados Unidos— os estoques globais de grãos estão abundantes após colheitas recordes, limitando os preços.

"A demanda no curto-prazo não será capaz de alcançar (a oferta)", disse Don Roose, presidente da U.S. Commodities. "Com sorte, alguém ao redor do mundo terá problemas climáticos antes que nós. Não há nova demanda no mercado como tínhamos com os biocombustíveis."

O verão é normalmente o período de menor demanda para a soja e milho dos EUA, uma vez que os grãos recém-colhidos dos concorrentes sul-americanos Brasil e Argentina estão prontamente disponíveis. As safras destes países são geralmente mais baratas do que o produto dos EUA.

Mas os baixos preços levaram muitos produtores sul-americanos a segurarem seus estoques, abrindo mais oportunidades de exportação para os grãos dos Estados Unidos.

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