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Davos começa sob a sombra de uma nova desaceleração da economia mundial

Enquanto ONU aponta para uma perda do ritmo de crescimento em 2019 e 2020, dados sobre a China preocupam investidores e empresários

21 jan 2019 - 14h11
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DAVOS - Enquanto os carros de luxo, hotéis sofisticados e jatos privados acompanhavam um balé das principais autoridades financeiras do mundo para Davos, onde o Fórum Econômico Mundial começa, nesta terça-feira, 22, os dados divulgados em Pequim e Nova York não deixam dúvidas: o crescimento da economia mundial pode ter atingido um pico e, em 2019 e 2020, o risco é de uma desaceleração.

Na China, a publicação dos resultados do PIB em 2018 apontaram que o país teve seu pior índice de crescimento em 28 anos. No ano passado, a expansão foi de apenas 6,6%.

Na ONU, o informe lançado nesta segunda-feira, 21, sobre o crescimento da economia mundial tampouco deixa dúvidas: o ritmo da expansão alimentada por uma injeção de incentivos fiscais nos Estados Unidos não continuará no mesmo padrão nos próximos dois anos.

Disputas comerciais entre as maiores economias do mundo, elevadas dívidas e eventos climáticos extremos são alguns dos principais riscos.

Para 2019 e 2020, o crescimento global previsto é de 3%, abaixo da taxa de 3,1% em 2018. Nos EUA, os efeitos dos pacotes de estímulo vão perder força e a taxa será de 2,5% em 2019 e apenas 2% em 2020.

Na Europa, a projeção é de uma expansão de 2% em 2019, enquanto para a China a previsão da ONU é de um crescimento de 6,3% neste ano, abaixo dos 6,6% de 2018.

O PIB per capita de alguns dos países mais necessitados do mundo ainda verá uma estagnação ou apenas um crescimento marginal.

Para o secretário-geral da ONU, Antonio Guterrez, o cenário "gera preocupações sobre a sustentabilidade do crescimento econômico global diante dos crescentes desafios financeiros, sociais e ambientais".

Estadão
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