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Dados mostram recuperação em todas as regiões do País

Nos Estados do Sudeste, média diária de vendas deu salto de 17% em junho, de acordo com balanço da Receita

5 jul 2020 - 00h11
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BRASÍLIA - Todas as regiões do País mostraram recuperação no ritmo de vendas no mês passado, de acordo com o levantamento da Receita Federal, que considera o volume de notas fiscais eletrônicas. Em todos os Estados, o pior momento em termos de vendas foi verificado em abril.

A melhora observada a partir em maio ainda não tinha alcançado todas as regiões, o que acabou acontecendo em junho.

Na região Norte, o ritmo de vendas cresceu até março, caindo depois 13,4% em abril, mas voltando a crescer a partir de maio. O pico das vendas foi em junho, com alta de 14,1% em relação a maio e de 21,3% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Na região Nordeste, o movimento foi diferente porque as vendas já não estavam boas em janeiro e fevereiro. O quadro piorou drasticamente em abril, com tombo de 21,4% das vendas em relação ao mesmo período de 2019. A recuperação chegou em junho, após as quedas de abril e maio.

Na Região Centro-Oeste, a média diária de vendas em 2020 foi superior à de 2019, exceto em maio. A região foi favorecida pela sua economia voltada ao agronegócio, um dos setores, de maneira geral, que não foram afetados pelo pandemia. Em junho, o valor das vendas foi 40,7% maior que junho de 2019.

Já as vendas nos Estados do Sudeste caíram drasticamente em abril. O recuo foi de 22,6% em relação a março e de 22% na comparação com abril do ano passado. Uma pequena melhora foi sentida em maio, mas a recuperação veio só em junho. A média diária de vendas cresceu 17% em relação a maio.

As vendas na região Sul tiveram um comportamento muito parecido com as do Norte. O crescimento da média diária de vendas em junho foi de 10,3%, confirmando a tendência de alta verificada em maio.

O economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, avalia que as vendas de produtos começaram a melhorar depois de abril, impulsionadas pelos programas emergenciais dos governos. Além disso, segundo ele, as pessoas endividadas continuam pagando as suas contas e o temor de uma explosão da inadimplência não ocorreu.

O problema maior continua no setor de serviços, que não tem oferta e nem demanda. "Não se sabe os preços", ressalta. "É preciso esperar um pouco mais para ver a tendência", acrescenta.

Estadão
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