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Dados fracos da Alemanha apontam para desaceleração do crescimento no 3º trimestre

1 out 2018 - 10h43
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As vendas no varejo alemão caíram inesperadamente pelo segundo mês consecutivo em agosto e a atividade industrial mudou para uma velocidade menor em setembro, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, sugerindo que a maior economia da Europa perdeu força nos últimos meses.

O gasto das famílias tornou-se um fator-chave de crescimento na Alemanha, onde os consumidores se beneficiam do emprego recorde, do aumento dos salários reais, da forte segurança no emprego e dos baixos custos de empréstimos.

Mas as disputas comerciais no exterior e as tensões políticas domésticas estão deixando sua marca em uma economia ainda dependente das exportações, que agora está em seu nono ano de expansão.

As vendas no varejo caíram 0,1 por cento em termos reais em agosto sobre o mês anterior, segundo a Agência Federal de Estatísticas. O dado foi mais fraco do que a expectativa em pesquisa da Reuters de uma alta de 0,4 por cento e seguiu-se a uma queda revisada de 1,1 por cento em julho.

No ano, as vendas varejistas subiram 1,6 por cento, superando a projeção de um aumento de 1,5 por cento, após alta revisada de 0,9 por cento em julho.

"O ambiente econômico para o consumo ainda é excelente, mas muitos consumidores estão preocupados com as disputas tarifárias com os EUA e com os muitos conflitos abertos no governo federal", disse Josef Sanktjohanser, chefe da associação de varejo da HDE.

Em mais um sinal de que a economia desacelerou, a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) mostrou que o crescimento do setor industrial desacelerou para a mínima de 25 meses em setembro uma vez que as novas encomendas de exportação registraram a queda mais acentuada em mais de cinco anos.

"Era inevitável que o crescimento recuasse dos níveis máximos vistos no ano passado, mas o recente enfraquecimento das exportações realmente tirou força da indústria nos últimos meses", disse o economista do IHS Markit, que compila a pesquisa, Phil Smith.

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