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Criação de vagas de trabalho nos EUA desacelera em dezembro, mas salários aumentam

5 jan 2018 - 12h14
(atualizado às 12h44)
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A criação de empregos nos Estados Unidos desacelerou mais do que o esperado em dezembro em meio a uma queda no setor de varejo, mas uma aceleração no aumento salarial indicou força do mercado de trabalho que pode abrir caminho para o Federal Reserve elevar a taxa de juros em março.

Desempregados formam fila para feira de empregos em Nova York, nos Estados Unidos 12/04/2012  REUTERS/Lucas Jackson
Desempregados formam fila para feira de empregos em Nova York, nos Estados Unidos 12/04/2012 REUTERS/Lucas Jackson
Foto: Reuters

A economia norte-americana abriu 148 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês passado, informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira, contra expectativa de criação de 190 mil.

No varejo, foram fechados 20.300 postos em dezembro, o maior número desde março, apesar da forte temporada de compras de fim de ano.

Os dados de emprego de outubro e novembro foram revisados para mostrar 9 mil vagas a menos do que informado anteriormente.

O emprego aumentou em outubro e novembro depois de ficar contido em setembro devido aos furacões, que destruíram infraestrutura e moradias e desalojaram temporariamente trabalhadores no Texas e na Flórida.

A renda média por hora avançou 9 centavos, ou 0,3 por cento, em dezembro após subir 0,1 por cento no mês anterior. Isso elevou o aumento anual dos salários para 2,5 por cento de 2,4 por cento em novembro. A taxa de desemprego permaneceu na mínima de 17 anos de 4,1 por cento.

A criação de vagas está desacelerando conforme o mercado de trabalho dos EUA se aproxima do pleno emprego. Ele pode ganhar um impulso do pacote de 1,5 trilhão de dólares de cortes tributários aprovado pelo Congresso norte-americano e sancionado pelo presidente Donald Trump no mês passado.

Mas o aumento com o estímulo fiscal, que inclui forte redução no imposto corporativo para 21 por cento de 35 por cento, deve ser modesto já que o estímulo acontece com a economia operando quase a plena capacidade. Há preocupações de que a economia pode superaquecer.

Em 2017 como um todo, a economia criou 2,1 milhões de vagas, contra 2,2 milhões em 2016. Já em relação à taxa de desemprego, ela recuou 0,7 ponto percentual no ano passado.

Economistas acreditam que a taxa pode chegar a 3,5 por cento até o final deste ano, o que poderia potencialmente desencadear um ritmo mais rápido de crescimento do salário e se traduzir em um aumento mais forte da inflação do que esperado.

Isso, de acordo com economistas, forçaria o Fed a quatro altas de juros neste ano em vez das três que indicou. O banco central dos EUA elevou os juros três vezes em 2017.

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