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Crescimento econômico dos EUA desacelera menos que o esperado no 3º tri

26 out 2018 - 09h49
(atualizado às 20h26)
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A economia norte-americana desacelerou menos do que o esperado no terceiro trimestre, uma vez que a queda nas exportações de soja foi parcialmente compensada pelos gastos mais fortes do consumidor em quase quatro anos e pelo aumento do investimentos em estoques.

Funcionária trabalha em fábrica em Oregon, Estados Unidos 15/01/2018 REUTERS/Natalie Behring
Funcionária trabalha em fábrica em Oregon, Estados Unidos 15/01/2018 REUTERS/Natalie Behring
Foto: Reuters

O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu a uma taxa anualizada de 3,5 por cento, também sustentado por gastos sólidos do governo, disse o Departamento de Comércio nesta sexta-feira em sua primeira estimativa do PIB do terceiro trimestre.

Embora o resultado tenha representado uma desaceleração em relação ao ritmo de 4,2 por cento no segundo trimestre, ainda superou o potencial de crescimento da economia, que economistas calculam em 2 por cento.

Em comparação com o terceiro trimestre de 2017, a economia cresceu 3 por cento, o melhor desempenho desde o segundo trimestre de 2015, mantendo-se no caminho para atingir a meta do governo de expansão de 3 por cento neste ano.

A expansão econômica, agora em seu nono ano, é a segunda mais longa já registrada. Economistas consultados pela Reuters projetavam expansão do PIB a um ritmo de 3,3 por cento no terceiro trimestre.

A economia é sustentada por um corte de impostos de 1,5 trilhão de dólares e aumento dos gastos do governo. O estímulo fiscal faz parte das medidas adotadas pelo governo do presidente Donald Trump para impulsionar o crescimento anual para 3 por cento em uma base sustentável.

No entanto, o governo também está envolvido em uma guerra comercial com a China, além de disputas comerciais com outros parceiros e a desaceleração do último trimestre refletiu principalmente o impacto das tarifas retaliatórias de Pequim sobre as exportações dos EUA, incluindo a soja.

Os produtores anteciparam embarques para a China antes que as tarifas entrassem em vigor no início de julho, impulsionando o crescimento no segundo trimestre. Desde então, as exportações de soja caíram a cada mês, aumentando o déficit comercial. Houve também quedas nas exportações de petróleo e bens de capital não automotivos. A forte demanda doméstica, no entanto, absorveu importações de bens de consumo e veículos automotores.

O aumento do déficit comercial cortou 1,78 ponto percentual do crescimento do PIB no terceiro trimestre, maior nível desde os segundo trimestre de 1985 e reverteu a contribuição de 1,22 ponto no período entre abril e junho.

Parte da recuperação das importações refletiu a corrida das empresas para estocar antes que as tarifas de importação dos EUA, principalmente sobre produtos chineses, entrassem em vigor. As importações exercem um peso sobre o crescimento do PIB. Mas algumas das importações provavelmente acabaram em armazéns, aumentando o estoque, o que contribui para o PIB.

Os estoques aumentaram a uma taxa de 76,3 bilhões de dólares, após um declínio de 36,8 bilhões de dólares no segundo trimestre. Como resultado, o investimento em estoques adicionou 2,07 pontos percentuais ao crescimento do PIB, a maior contribuição desde o primeiro trimestre de 2015, após ter cortado 1,1 ponto percentual da produção no segundo trimestre.

Excluindo os efeitos do comércio e dos estoques, o PIB cresceu a uma taxa de 3,1 por cento no terceiro trimestre, em comparação a um ritmo de 4,0 por cento no período de abril a junho.

Um crescimento sólido no terceiro trimestre deve manter o Federal Reserve no curso de elevar os juros novamente em dezembro, apesar do recente aperto nas condições do mercado financeiro ter provocado vendas no mercado acionário e alta nos rendimentos dos Treasuries.

O Fed elevou a taxa de juros em setembro pela terceira vez este ano e removeu a referência em seu comunicado à política monetária permanecer "expansionista" .

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