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Credit Suisse vê potencial de dólar testar R$4,2478

25 set 2019 - 11h19
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Estrategista globais de moedas do Credit Suisse veem potencial de o real testar a máxima histórica de 4,2478 reais, argumentando que a mudança recente do discurso do Banco Central para um tom mais 'dovish' sugere que o elemento de 'carry' não deve ficar favorável no curto prazo.

Rio de Janeiro, Brasil, 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Rio de Janeiro, Brasil, 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

"Nós acreditamos que o par dólar/real pode continuar a ter um desempenho melhor do que os 'forwards' (futuros) e vemos potencial de testar de novo a máxima de todos os tempos de 4,2478 reais", afirmam em relatório amplo sobre moedas enviado a clientes nesta quarta-feira.

Na véspera, o contrato futuro de dólar na B3 com vencimento em três meses fechou a 4,1880 reais. Nesta quarta, a cotação no mercado à vista subia 0,52%, a 4,1916 reais na venda, às 10h21.

Em 24 de setembro de 2015, o dólar bateu uma máxima intradiária recorde perto de 4,25 reais. Considerando dados de fechamento, a máxima histórica foi alcançada em 13 de setembro de 2018, a 4,1957 reais na venda.

"O declínio no 'carry', exposição à Argentina e hedge cambial provavelmente respondem pela maior parte do desempenho pior do real desde agosto contra a maioria dos outras moedas de alto rendimento", avaliam, ponderando que intervenções do BC limitam o potencial de alta do dólar ante o real.

"É improvável que isso evite que a cotação do dólar em relação ao real teste novamente as máximas de todos os tempos... uma vez que não compensa o impacto do 'carry' menor e do aumento da atividade de hedge cambial... No entanto, cria um potencial para suavizar o desempenho pior do real ante outros emergentes."

Os estrategistas do Credit Suisse destacam que o cenário macro doméstico continua favorável. Apesar dos ruídos políticos, eles ressaltam que até agora a pauta de reformas tem sido bem sucedida e que as perspectivas de entrada de investimento extrangeiro direto continuam fortes, com os leilões de petróleo previstos no quarto trimestre.

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