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Correção: Ibovespa acompanha Wall Street e fecha em queda de 0,66%

1 out 2019 - 19h05
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A matéria enviada anteriormente continha uma incorreção. Desde que foi aprovada pela Câmara, a reforma da Previdência já foi desidratada em R$ 56,8 bilhões. Segue o texto corrigido:

A volta dos temores de recessão nos Estados Unidos, na esteira de dados decepcionantes da indústria americana em setembro, derrubou as bolsas em Wall Street e, por tabela, o mercado acionário doméstico. Afora um movimento ascendente pela manhã, quando chegou a testar os 105 mil pontos, o Ibovespa trabalhou em terreno negativo o restante da sessão. Já em grande parte refletida nos preços das ações, a aprovação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado não teve forças para tirar a bolsa doméstica do vermelho.

Com máxima de 105.121,16 pontos e mínima de 103.837,47, o principal índice da B3 encerrou esta terça-feira, 1º de outubro, em baixa de 0,66%, aos 104.053,40 pontos. O volume negociado atingiu R$ 13,9 bilhões. Entre as blue chips, as perdas mais elevadas foram do setor financeiro, com queda de 2,28% das PN do Itaú e de 1,36% das PN do Bradesco.

"O Ibovespa seguiu o comportamento das bolsas americanas, que caíram com a volta ao radar das preocupações com uma recessão nos Estados Unidos", afirma o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus, ressaltando que o dia prometia ser de ganhos para os ativos de risco, dada a expectativa de retomada das negociações comerciais entre China e Estados Unidos na próxima semana.

Os índices em Nova York até abriram em alta, mas viraram para o negativo logo após a divulgação, às 11h, do índice de atividade industrial dos EUA medido pelo Instituto da Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês). Na contramão das expectativas do mercado (alta para 50,1), o índice caiu de 49,1 em agosto para 47,8 em setembro, indicado contração da atividade. Foi a pior leitura do índice desde junho de 2009.

Por aqui, a nova versão do parecer da reforma da previdência foi aprovada com facilidade na CCJ do Senado - 17 votos a favoráveis e 9 contrários. Desde que foi aprovada pela Câmara, a reforma da Previdência já foi desidratada em R$ 56,8 bilhões. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse que pretende concluir a votação da reforma em primeiro turno na Casa até às 22h. Alcolumbre disse que senadores vão montar o calendário para votação da reforma em segundo turno, que deve ocorrer até o próximo dia 15. O prazo anterior colocava o segundo turno para o dia 10.

Para Laatus, a aprovação da reforma da Previdência é algo já assimilada pelos investidores. As atenções se voltam agora para outras medidas, como a reforma tributária e a agenda de privatizações. "Aos poucos a economia reagindo, mas é muito devagar. Essa lentidão faz com que o investidor estrangeiro não tenha estímulo para aplicar no Brasil", afirma o estrategista.

Na agenda econômica, o IBGE divulgou pela manhã que a produção industrial subiu 0,8% em agosto ante julho, acima da mediana de 0,20% dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, mas dentro do intervalo das estimativas (de -0,50% a 1%). Apesar de vir após um dado positivo da geração de empregos, o resultado da indústria está longe de prenunciar uma recuperação mais firme de atividade capaz de dar um fôlego extra ao Ibovespa.

Dentro da carteira teórica do Ibovespa, as maiores altas foram Marfrig ON (+5,72), Ultrapar ON (+4,16%) e MRV ON (1,81%). Segundo analistas, as ações da Marfrig se beneficiam da intenção do BNDES - que tem 33,75% de participação na empresa - de acelerar a liquidação de sua carteira de ações. A piores baixas foram da ON da Multiplus (-2,60%), da PNA da Braskem (-2,46%) e da ON das Lojas Renner (-2,31%).

Estadão
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