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Correção: Bolsas de NY fecham sem sinal único

23 fev 2021 - 07h48
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A nota publicada no início da noite desta segunda-feira, 22, continha uma incorreção. Ao contrário do que constava, o índice acionário Nasdaq encerrou o pregão em baixa. Segue versão corrigida.

As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único nesta segunda-feira, em sessão com forte atenção para o movimento dos rendimentos dos Treasuries, que registraram máxima em um ano. As perspectivas de retomada econômica, após melhora no quadro da pandemia, e da aprovação do pacote fiscal nos Estados Unidos deram impulso a alguns setores, com ações ligadas a viagens em alta. A forte alta no preço do petróleo levou a avanços nos papéis de petroleiras.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,09%, aos 31.521,69 pontos. O S&P 500 teve baixa de 0,77%, a 3.876,49 pontos, e o Nasdaq cedeu 2,46%, a 13.533,05 pontos.

As ações ligadas ao petróleo avançaram, com os barris da commodity registrando altas entre 3% e 4% em Londres e Nova York. As petroleiras Chevron (+3,41%) e ExxonMobil (+3,69%) seguiram a tendência. A possibilidade de aprovação do pacote de resgate de US$ 1,9 trilhão proposto pelo presidente Joe Biden nos EUA levou a uma perspectiva por alta na demanda no maior consumidor mundial de petróleo. O Comitê Orçamentário da Câmara dos Representantes do país votou na segunda a favor de avançar com o projeto de lei sobre o tema.

As perspectivas de melhoras no quadro da pandemia de covid-19 levaram também a uma alta em papéis dos setores ligados a viagens, especialmente atrelados ao noticiário sobre a doença. Entre as companhias aéreas, American Airlines (+9,42%), Delta (+4,53%) e United Airlines (+3,48%) avançaram. A Royan Caribbean Cruises também aproveitou o movimento e avançou 9,33%. Já as ações da Boeing caíram 2,11%, depois que a empresa recomendou a suspensão de uso das aeronaves 777, em resposta à explosão do motor de um avião deste modelo em Denver, nos EUA, neste fim de semana.

Por outro lado, o aumento das expectativas de inflação nos EUA levou a uma inclinação na curva de juros dos Treasuries. Os rendimentos dos títulos soberanos no mundo entraram em um movimento de alta nos últimos dias, com os da T-note de 10 anos alcançando seu maior valor em um ano nesta segunda-feira.

Gerente de portfólio da PineBridge Investments, Hani Redha explica que o cenário tende a penalizar os mercados acionários. "Quanto você está disposto a pagar pelas ações? Se você está obtendo um rendimento muito baixo dos títulos, deveria estar disposto a pagar um valor mais alto pelas ações. Mas isso começa a mudar quando os rendimentos dos títulos sobem", explica.

As ações de tecnologia foram algumas das mais penalizadas. O Twitter teve baixa de 2,52%, após vir acumulando altas recentes que deixaram os papéis próximos da máxima histórica. Amazon (-2,13%) e Alphabet (-1,65%) também registraram quedas.

Estadão
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