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Coronavírus reduz otimismo no momento em que a economia global sinaliza estabilização, diz Moody's

Agência de classificação de risco acredita que disseminação da doença contida no fim do primeiro trimestre, mas reduziu projeção de crescimento da China para 5,2% este ano

17 fev 2020 - 10h19
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Relatório da agência de classificação de risco Moody's divulgado nesta segunda-feira, 17, avalia que o surto de coronavírus reduz o otimismo no momento em que a economia global dá sinais de estabilização.

De olho nos impactos da doença sobre a economia, a instituição reduziu suas previsões de crescimento para a China e para o G-20. A agência ainda prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil crescerá 2% em 2020 e 2,5% em 2021.

Para a principal nação asiática, epicentro da epidemia, a Moody's cortou sua projeção para o PIB em 2020 em 0,6 ponto porcentual, para 5,2%. A previsão para 2021, no entanto, foi mantida em 5,7%. A agência aposta que a disseminação do coronavírus será contida no final do primeiro trimestre e, assim, as atividades econômicas devem retomar a normalidade no início do segundo trimestre.

Para o G-20, a previsão de crescimento foi cortada em 0,2 ponto porcentual, para 2,4% em 2020, seguida por aceleração a 2,8% em 2021. "As revisões para baixo são resultado, principalmente, de projeções de crescimento mais baixas de países emergentes", diz o relatório. "Como resultado, agora esperamos que os mercados emergentes do G-20 cresçam 4,2% em 2020, o mesmo que em 2019."

Para 2021, o grupo todo deve crescer 4,7%, de acordo com a Moody's. As economias avançadas do G-20, porém, devem crescer 1,3% em 2020 e 1,6% em 2021, defende a agência.

A Moody's ainda projeta que os Estados Unidos crescerão 1,7% em 2020 e 1,9% em 2021. "A suspensão da produção do modelo 737 Max, da Boeing, deve subtrair 0,5 ponto porcentual do PIB do país no primeiro trimestre deste ano", sustenta a nota. "O coronavírus torna mais desafiadores os compromissos de compras de produtos firmados pela China no acordo comercial com os EUA. A zona do euro, projeta a instituição, deve ter alta do PIB de 1,2% em 2020 e de 1,4% em 2021.

Estadão
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