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Copel foca desalavancagem em plano estratégico e não prevê novos projetos

9 nov 2018 - 15h11
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A estatal paranaense Copel aprovou um plano estratégico que prioriza a desalavancagem, após um expressivo crescimento da dívida nos últimos anos, o que exigirá um freio de arrumação da companhia, que não deverá buscar novos investimentos no curto prazo, disse nesta sexta-feira o diretor financeiro da elétrica, Adriano Rudek de Moura.

"Temos uma preocupação com nosso nível de dívida, então esse é um pilar muito relevante... Nós temos uma meta de redução de desalavancagem bastante relevante para o ano que vem, não temos expectativa de entrar em novos investimentos", afirmou o executivo em teleconferência com investidores.

"Em geração e transmissão, esse vai ser nosso principal foco, terminar as obras atuais", acrescentou ele.

O executivo disse que só haverá novos aportes em geração e transmissão para a construção da pequena hidrelétrica Bela Vista, orçada em 200 milhões de reais, com a qual a companhia se comprometeu após leilão do governo em agosto, e para a aquisição da Uirapuru Transmissora, por 105 milhões de reais, fechada em licitação da Eletrobras em setembro.

A dívida líquida da Copel fechou o terceiro trimestre em 8,77 bilhões de reais. O endividamento tem crescido desde ao menos 2013, quando a alavancagem medida pela relação entre a dívida líquida e a geração de caixa era de 1,2 vez, contra 3,2 vezes atualmente.

"Estamos trabalhando arduamente para ficar abaixo dos 3 vezes", afirmou Moura.

Ele também afirmou que a empresa buscará reduzir o prazo médio de vencimento de suas dívidas, atualmente em quatro anos, ao negociar rolagens de dívidas de curto prazo.

O diretor ainda voltou a repetir uma projeção já apresentada no trimestre anterior, de que a Copel ganhará 400 milhões de reais em geração de caixa em 2019 devido à entrada de uma série de projetos em operação.

O plano estratégico também prevê importantes investimentos da Copel em sua unidade de distribuição de energia, a Copel-D, de olho na revisão tarifária da companhia, em 2021.

"Estamos focando muito em tecnologias para que isso também possa acrescentar e melhorar nossa produtividade", afirmou o executivo.

DESINVESTIMENTOS EM 2019

O diretor financeiro afirmou que um plano de desinvestimentos em elaboração pela Copel deverá estar pronto "no começo do ano" de 2019 e que o material será então apresentado ao Conselho de Administração da companhia.

O executivo, no entanto, não quis adiantar pontos das propostas para eventuais vendas de ativos.

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