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Consórcio apoiado pela China oferece US$14 bi por área de minério de ferro em Guiné

13 nov 2019 - 16h15
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O consórcio Société Minière de Boké-Winning ofereceu 14 bilhões de dólares em uma licitação para o desenvolvimento de parte do projeto de minério de ferro de Simandou, em Guiné, superando o lance da australiana Fortescue, disseram à Reuters nesta quarta-feira fontes familiarizadas ao assunto.

Pedaço de minério de ferro em uma mina na região de Pilbara, na Austrália Ocidental
02/12/2013
REUTERS/David Gray
Pedaço de minério de ferro em uma mina na região de Pilbara, na Austrália Ocidental 02/12/2013 REUTERS/David Gray
Foto: Reuters

O consórcio, que representa interesses chineses, franceses, cingapurianos e guineanos, se comprometeu com o desenvolvimento dos blocos 1 e 2 do maior depósito conhecido desse formato, que possui mais de 2 bilhões de toneladas de minério de ferro de alta qualidade.

Guiné buscava desenvolver o depósito de Simandou há décadas, mas o projeto esteve envolvido em disputas legais e seus altos custos limitaram o interesse.

O governo do país africano exigiu que os ofertantes construam uma ferrovia de 650 km e um porto em águas profundas para o transporte do minério da remota região sudeste de Guiné até a costa do país, de onde seria exportado, o que impediu que algumas mineradoras realizassem lances.

O SMB-Winning ofereceu 14 bilhões de dólares para desenvolver os blocos e construir a infraestrutura, de acordo com uma fonte governamental que pediu para não ser identificada, já que não possui autorização para falar em nome do Ministério de Minas.

O presidente do conselho do SMB-Winning, Fadi Wazni, confirmou a cifra.

A Fortescue havia oferecido 9 bilhões de dólares pelos blocos, mas não se comprometeu formalmente com a construção da ferrovia, apelidado de "Transguineana", disseram duas fontes do governo.

Fora do horário comercial australiano, a Fortescue não estava imediatamente disponível para comentários. Simandou seria seu primeiro empreendimento na África.

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