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Consolidação de cenário benigno ampara ajuste adicional em estímulo monetário, diz Campos Neto

30 ago 2019 - 11h18
(atualizado às 11h45)
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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta sexta-feira que a consolidação do cenário benigno para a inflação deverá permitir "ajuste adicional" no grau de estímulo monetário.

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto
08/08/2019
REUTERS/Amanda Perobelli
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto 08/08/2019 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

Campos Neto fez o comentário em evento organizado pela Câmara Espanhola de Comércio no Brasil, em São Paulo, conforme apresentação publicada no site do BC na internet.

A fala do presidente do BC veio ao fim de uma semana de forte volatilidade nos mercados, na qual investidores reduziram apostas sobre o orçamento de cortes da Selic, em meio a sinais de que a autoridade monetária estaria preocupada com a valorização do dólar e seus efeitos sobre a inflação --o que poderia afetar o cenário para a Selic.

O presidente do BC voltou a citar fatores de risco à inflação, como "eventual frustração das expectativas" sobre as reformas econômicas e "reversão do cenário externo benigno para economias emergentes".

Para Campos Neto, o "elevado" nível de ociosidade da economia pode, por outro lado, continuar produzindo trajetória prospectiva para a inflação abaixo do esperado, mas ele reiterou que o risco relacionado às reformas, que na avaliação do BC tem efeito altista sobre a inflação, "ainda é preponderante".

"Os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação", disse Campos Neto na apresentação.

O líder do BC afirmou ainda que a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa --com taxas de juros abaixo da taxa estrutural.

A taxa estrutural --também chamada de taxa neutra ou taxa de equilíbrio-- é aquela que, teoricamente, não estimula nem restringe a economia.

Na véspera, o IBGE divulgou que o PIB brasileiro cresceu 0,4% no segundo trimestre ante o primeiro. Para analistas, contudo, a recuperação deve seguir lenta até pelo menos o fim do ano.

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