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Conselho da Telecom Italia discutirá opções para rede fixa neste semana, diz fonte

3 dez 2017 - 15h00
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O conselho da Telecom Italia discutirá essa semana as opções para sua rede de telefonia fixa, incluindo a possibilidade de uma cisão, embora não haja expectativa de que uma decisão seja tomada, disse uma fonte próxima à companhia neste domingo. Os políticos italianos e empresas rivais têm pedido há muito tempo que o ex-monopólio se separe e atualize sua rede, um ativo que alguns analistas têm avaliado em até 15 bilhões de euros (18 bilhões de dólares).

A pressão se intensificou desde que o grupo de mídia francês Vivendi , maior acionista da Telecom Italia, com participação de 24 por cento, começou a exercer mais influência, despertando preocupações dentro do governo italiano, que considera a rede um ativo estratégico nacional.

A fonte disse que o recém-nomeado presidente-executivo Amos Genish, ex-alto executivo da Vivendi, daria uma prévia de seu plano de negócios para 2018-2020 ao conselho em 5 de dezembro.

"Como parte da apresentação, o presidente-executivo também mostrará várias opções para o futuro da rede, incluindo uma potencial cisão", disse a fonte, falando em condição de anonimato devido à sensibilidade do assunto.

"Nenhuma decisão será tomada na terça-feira e o presidente-executivo prometerá retornar com sua recomendação para a rede em um estágio posterior".

Uma segunda fonte próxima ao assunto disse que Genish pode receber um mandato formal pelo conselho na terça-feira para estudar possíveis desdobramentos para a rede, incluindo uma separação do resto da companhia.

Genish, ex-capitão do exército de Israel e gerente da Vivendi, tornou-se presidente-executivo da Telecom Italia em setembro, com a missão de afastar o aumento da competição na Itália, reestruturar operações no Brasil e suavizar as relações estremecidas com Roma.

Ele tem conversado com o ministro da Indústria, Carlo Calenda, o que ambos os lados descreveram como positivo. Mas a Telecom Italia está mantendo as opções abertas e o viés de centro-esquerda do governo está enfraquecido pela perspectiva de eleições nacional em maio de 2018, que as pesquisas dizem que deve resultar em um Parlamento dividido.

Genish, que apresentará seu plano de negócios no início do ano que vem, disse no mês passado que a Telecom Italia quer manter o controle de sua rede fixa, mas não precisa controlá-la inteiramente, acrescentando que a companhia tomaria uma decisão "em nossos termos, quando realmente acharmos que é necessário".

Ele disse aos sindicatos na semana passada que do ponto de vista regulatório, a empresa não vê razões para um nível maior de separação na rede por enquanto.

O AGCOM, regulador de comunicações da Itália, decidirá em meados do ano que vem como solucionará as preocupações sobre competição em relação à rede da Telecom Italia, disse uma autoridade do AGCOM em 15 de novembro.

Há três opções abertas para o regulador, disse a autoridade, incluindo a imposição de uma separação funcional da rede mais clara.

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