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Com pandemia, rombo nas contas externas fecha 2020 em US$ 12,5 bilhões, o menor em 13 anos

Por causa da covid-19, as importações de produtos caíram, enquanto as exportações se mantiveram alta, puxadas pela venda de alimentos para outros países

27 jan 2021 - 10h13
(atualizado às 11h56)
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BRASÍLIA - Sob os efeitos econômicos da pandemia de covid-19, o Brasil registrou déficit em transações correntes de US$ 12,517 bilhões em 2020, informou nesta quarta-feira, 27, o Banco Central. O resultado é o melhor para um ano desde 2007, quando houve superávit de US$ 408 milhões.

Com a pandemia, o Brasil viu as importações de produtos caírem, enquanto as exportações se mantiveram em níveis elevados, puxadas pela venda de alimentos para outros países. A projeção do BC era de que o déficit em transações correntes - que traduz as relações comerciais (exportações e importações), de serviços e de rendas com outros países - somasse US$ 7 bilhões em 2020.

O resultado de transações correntes, um dos principais do setor externo do País, é formado pela balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), pelos serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e pelas rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior).

O número de 2020 ficou dentro do levantamento realizado pelo Projeções Broadcast, que tinha intervalo de déficit de US$ 15,00 bilhões a déficit de US$ 6,80 bilhões (com mediana negativa de US$ 13,10 bilhões).

A balança comercial registrou saldo positivo de US$ 43,230 bilhões em 2020, enquanto a conta de serviços ficou negativa em US$ 19,923 bilhões. A conta de renda primária também ficou deficitária, em US$ 38,181 bilhões. No caso da conta financeira, o resultado ficou negativo em US$ 11,416 bilhões.

Resultado de dezembro

Somente em dezembro, o rombo nas contas externas somou US$ 5,393 bilhões. A balança comercial registrou saldo negativo de US$ 991 milhões no mês passado, enquanto a conta de serviços ficou negativa em US$ 1,578 bilhão. A conta de renda primária também ficou deficitária, em US$ 3,054 bilhões. No caso da conta financeira, o resultado ficou negativo em US$ 5,558 bilhões.

Estadão
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