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Com exterior avesso a risco, Ibovespa cai mais de 1%

23 out 2018 - 10h59
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O mercado doméstico segue colado ao mau desempenho dos ativos de risco no exterior na manhã desta terça-feira, 23. O Ibovespa abriu e segue em queda, o dólar acelerou a alta ante o real e os juros futuros seguem avançando.

Preocupações com a China, com a Itália e com desdobramentos do Brexit contribuem para a desvalorização das bolsas na Europa, em Nova York e para a depreciação das moedas emergentes e commodities.

Após relatos de que a Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, pediu à Itália que reapresente seu plano orçamentário para 2019, o juro do bônus italiano (BTP) de 10 anos voltou a subir. O plano original desagradou a UE por prever um déficit fiscal bem maior do que previamente acordado.

O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, afirmou que não há alternativa à proposta orçamentária para o próximo ano fiscal, apesar das críticas da União Europeia. ao nível de endividamento do país.

O noticiário doméstico nesta terça é fraco, sendo que o destaque da agenda foi a divulgação do IPCA-15 de outubro (alta de 0,58%), que veio abaixo da mediana das projeções.

Segundo o economista Daniel Gomes da Silva, da Novus Capital, o alívio no dólar ainda não afetou o indicador. "(...) Os preços industriais, em especial gasolina, vieram mais fortes que o esperado. A partir de agora, com a apreciação cambial, há espaço para que essa alta seja devolvida", disse Silva.

Às 10h30, o Ibovespa caía 1,45% aos 84.358 pontos. As ações da Petrobras eram destaque de baixa (ON -2,02%) numa manhã de desvalorização do petróleo.

Na Nymex, em Nova York, a commodity recuava 1,67%. Dow Jones, S&P500 e Nasdaq recuam 1,62%, 1,53% e 1,86%, respectivamente.

A Eletrobras também era destaque de baixa. As ações recuavam 2,02% (PNB) e 2,16% (ON) perto do horário acima em meio à falta provável de interessados pela distribuidora Amazonas Energia.

A companhia vai a leilão no dia 25 de outubro. O horário para entrega das propostas vai das 14 horas às 17 horas desta terça. Na avaliação do ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, é possível haver interessados, mas o governo vai trabalhar paralelamente para manter a prestação dos serviços aos consumidores em caso de fracasso.

Estadão
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