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Mercados internacionais fecham em alta, à espera de mais estímulos nos EUA

Joe Biden, presidente eleito dos Estados Unidos, pode detalhar proposta de pacote fiscal para o país, avaliada em US$ 2 trilhões, ainda nesta quinta-feira

14 jan 2021 - 07h41
(atualizado às 18h53)
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Os principais índices internacionais fecharam em alta nesta quinta-feira, 14, de olho na chance de mais estímulos econômicos nos Estados Unidos, que podem ser anunciados ainda hoje pelo presidente eleito, Joe Biden. Além disso, dados favoráveis da China ampararam os negócios e ajudaram a deixar o avanço do coronavírus em segundo plano.

Segundo informou a CNN no início da madrugada, Biden pode detalhar sua proposta de pacote fiscal para os EUA, na ordem de US$ 2 trilhões, nesta quinta-feira. A notícia animou os mercados asiáticos, apostando em novos estímulos como a chave para a recuperação da economia americana e, consequentemente, mundial.

Já entre os indicadores, chamou a atenção a alta de 3,6% das exportações da China em 2020, um crescimento recorde. No mês de dezembro, a alta foi de 18,1%. O aumento na demanda global por produtos chineses ajudou no bom resultado. Além disso, o país asiático também teve superávit comercial de US$ 78,17 bilhões em dezembro e encerrou 2020 com saldo positivo de US$ 535,03 bilhões.

Com isso, ficou em segundo plano o recuo de 5% no Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha de 2020 ante o ano anterior, na maior queda desde 2009.

Bolsas de Nova York

As Bolsas de Nova York mostraram ganhos durante boa parte do pregão, à espera do anúncio de mais estímulos fiscais nos Estados Unidos, mas perderam força na hora final, em meio a algumas dúvidas sobre de quanto será o pacote que deve ser anunciado nesta noite por Biden.

O Dow Jones fechou em queda de 0,22%, o S&P 500 recuou 0,38% e o Nasdaq teve baixa de 0,12%. Nesse quadro, os setores não tiveram sinal único, com ações de energia liderando as altas e ganhos também no setor financeiro, mas tecnologia, serviços de comunicação e saúde entre as baixas. Entre algumas ações importantes, Boeing subiu 1,30% e Citigroup, 3,22%, mas Apple perdeu 1,51%, Amazon cedeu 1,21% e Microsoft, 1,53%.

Bolsas da Europa

Nesta quinta, o Banco Central Europeu (BCE), divulgou a ata de sua mais recente reunião, apontou que uma nova redução de juros teria efeito apenas marginal no crescimento e na inflação, segundo os dirigentes. Nesse caso, uma intervenção viria apenas ante o aumento das expectativas de inflação na zona do euro. Mesmo assim, o clima foi de bom humor. O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,72%, enquanto Londres teve alta de 0,84%. As Bolsas de Paris e Frankfurt subiram 0,35% e 0,33% cada.

Madri teve alta de 0,14% e Lisboa, de 0,47%. Na contramão, Milão caiu 0,47%, com a crise política que recai na região, após rumores de que o primeiro-ministro iria renunciar o governo, informação que foi negada por Giuseppe Conte hoje.

Bolsas da Ásia

A Bolsa de Tóquio encerrou o dia em alta de 0,85%, com destaque para os ganhos do setor financeiro. O mercado acionário de Hong Kong subiu 0,82% e o de Seul, 0,05%. Na Oceania, a Bolsa australiana teve ganho de 0,43%.

Na contramão, a Bolsa de Xangai caiu 0,91% e a de Shenzhen, 1,39%, com o temor dos investidores ante o aumento de casos do coronavírus na China. Segundo o noticiário local, várias províncias chinesas estão retomando lockdowns, um empecilho para a atividade econômica, visando conter a doença. Taiwan caiu 0,40%.

Petróleo

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta hoje, em meio a uma sessão com grande volatilidade, marcada pela divulgação do relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), com a perspectiva de uma alta na demanda global em 2021. Impulsionando a commodity, a sessão contou ainda com a expectativa pelo anúncio de um novo pacote fiscal de Joe Biden. Por outro lado, a China divulgou hoje uma queda nas importações da commodity no último mês, o que conteve os preços do barril.

Com isso, o WTI para fevereiro fechou em alta de 1,25%, em US$ 53,57 o barril, enquanto o Brent para março avançou 0,64% a US$ 56,42 o barril./ MAIARA SANTIAGO, GABRIEL BUENO DA COSTA E MATHEUS ANDRADE

Estadão
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