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Com expectativa de alta de juros, Fed pode dar indicações de efeitos de reforma tributária nos EUA

13 dez 2017 - 07h24
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O Federal Reserve deve elevar a taxa de juros nesta quarta-feira, porém, mais do que isso, deve dar a mais forte indicação sobre como a reforma tributária da administração Trump pode afetar a economia dos Estados Unidos.

Os investidores vão observar com atenção como o banco central norte-americano buscará pesar um impulso econômico alimentado por estímulo diante da inflação e do crescimento do salário fracos que tem contido o apetite de algumas autoridades por juros mais altos.

O comunicado de política monetária do Fed e suas projeções serão divulgados às 17h (horário de Brasília), após dois dias de reuniões. A chair do Fed, Janet Yellen, dará entrevista à imprensa meia hora depois, sua última antes do final de seu mandato no início do próximo ano.

O sucessor dela, o diretor do Fed Jerome Powell, afirmou em sua recente audiência de confirmação no Senado que não tem a "sensação de uma economia superaquecida", em um sinal de que pode não querer acelerar o ritmo de altas de juros até que haja evidências de uma aceleração da inflação e do aumento dos salários.

O Fed aumentou os juros duas vezes em 2017 e a expectativa atual é de mais três altas no próximo ano.

Grande parte do mandato de Yellen à frente do Fed foi marcada por um desejo de manter a política monetária frouxa por mais tempo possível na expectativa de que o desemprego continuasse a cair, que o trabalhadores voltassem à força de trabalho e que os salários subissem.

Powell, que trabalhou próximo a Yellen, disse sentir que esse processo ainda tem espaço.

Dados altistas recentes, como ganhos sólidos de emprego e um salto no crescimento econômico, levaram alguns analistas a especular que as novas projeções do banco central refletirão uma expectativa de quatro altas dos juros no próximo ano.

Também há sinais de que a inflação pode estar se firmando após uma longa fraqueza, após a alta dos preços terem permanecido persistentemente abaixo da meta do banco central de 2 por cento apesar da força do mercado de trabalho.

O plano tributário proposto pelo presidente Donald Trump, incluindo a redução no imposto corporativo, pode ajudar mais a economia dos EUA se for aprovado no Congresso, o que parece provável.

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