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Com dólar forte e demanda externa, soja em Paranaguá ultrapassa R$90/saca, diz Cepea

14 nov 2019 - 17h27
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O valor da saca de 60 kg de soja negociada no porto de Paranaguá (PR) voltou a ultrapassar a marca de 90 reais nesta semana, impulsionado pela retração de parte dos sojicultores e pela forte demanda internacional, disse o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) nesta quinta-feira.

Navio é carregado com soja para exportação no porto de Paranaguá (PR) 
27/03/2003
REUTERS/Paulo Whitaker
Navio é carregado com soja para exportação no porto de Paranaguá (PR) 27/03/2003 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

De acordo com nota da instituição ligada à Esalq/USP, a retração dos produtores se dá pelas incertezas com a safra 2019/20, o que os faz segurar os estoques de 2018/19, enquanto a demanda externa sobe pela valorização do dólar ante o real.

"Nesse cenário, a procura pela soja brasileira esteve acima da oferta, resultando em alta nos prêmios brasileiros", disse o órgão.

Entre 7 e 13 de novembro, a cotação ESALQ/BM&FBovespa da soja em Paranaguá avançou 1,7%, para 90,45 reais por saca.

O dólar mais forte torna a commodity brasileira mais atrativa aos importadores, justificou o Cepea.

Nesta quinta-feira, a moeda norte-americana teve a segunda maior cotação da história para um fechamento, a 4,1934 reais na venda.

"Embora as recentes chuvas tenham amenizado a preocupação de parte dos agentes, há municípios que ainda registram déficit hídrico, especialmente em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia e Maranhão", disse o Cepea em análise, ponderando que há previsão de chuvas para essas regiões nos próximos dias.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) espera que a produção do país atinja um recorde de 120,86 milhões em 2019/20, avanço de 5% em relação à safra anterior, segundo dados divulgados na quarta-feira.

MILHO: COMPRADOR ATIVO

Os preços de milho seguem em alta no mercado interno, impulsionados pela demanda aquecida no físico nacional, acrescentou o Cepea.

"Muitos compradores, especialmente de regiões consumidoras, mostram dificuldades em encontrar novos lotes do cereal. Vendedores, por sua vez, postergam as negociações, à espera de preços maiores nas próximas semanas, fundamentados nas exportações ainda aquecidas", disse.

Na quarta-feira, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas - SP) fechou a 44,27 reais/saca de 60 kg, alta de 4,2% frente à quinta anterior.

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