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Com benção do Cade, Stone amplia sua base de clientes com carteira da Linx

16 jun 2021 - 21h15
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A aprovação sem restrições da compra da desenvolvedora de programas para o varejo Linx pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abre as portas para a instituição de pagamentos Stone aumentar o seu espectro de clientes. Segundo a diretora de Operações e Estratégia da adquirente, Lia Mattos, esse é o efeito mais imediato da formalização da operação, mas o objetivo final vai bem além.

"Tem muito que a gente pode fazer com essa combinação entre software e serviços financeiros para oferecer mais soluções para o cliente", disse Mattos em entrevista ao Broadcast, em referência à expertise de cada uma das empresas. Com o aval do Cade, a equipe da Linx será incorporada pela Stone e, segundo a executiva, aos poucos as carteiras de clientes se complementarão.

Voltada principalmente para o atendimento a pequenas e médias empresas, a Stone amplia seu escopo ao absorver a clientela da Linx, composta em sua maior parte por empresas médias e grandes. A proposta essencial é oferecer a essa clientela soluções ominichannel, que propiciem a integração das operações físicas e virtuais, em uma combinação de gerenciamento de estoques e também de pagamentos.

Com sua capacidade incrementada pela Linx, a Stone espera aportar ainda mais no seu casamento com o Banco Inter, a ser selado com a oferta de ações a ser realizada pelo banco, na qual a adquirente se compromete a ancorar com até R$ 2,5 bilhões, ou o suficiente para adquirir até 4,99% do capital. Em termos operacionais, o laço selado entre as duas empresas se dará no marketplace Intershop, que chegou a 1,7 milhão de usuários ativos e vendas de R$ 676 milhões no primeiro trimestre.

A oferta de R$ 6,8 bilhões da Stone pela Linx foi aceita em novembro do ano passado. No fim de maio, o relator do processo, conselheiro Sérgio Ravagnani, pediu mais 90 dias para a conclusão da análise, mas nesta quarta-feira ele negou recursos de concorrentes, entre elas a Cielo, e considerou que o negócio não traz prejuízos à concorrência.

Estadão
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